Pensem num sujeito feliz, ao final de domingo que vem, quando William Bonner, com aquele olhar e voz soturnos, anunciar no Fantástico: “Boa noite. O Brasil tem um novo presidente”. Pois é. Pensaram? Serei eu, hehe.

Explicarei o porquê, é claro, mas antes, um “disclaimer”: nimim, em mineirês, significa “em mim”. Tipo nóssinhora, que significa “nossa senhora”, entenderam? Em Minas, terra do Galão da Massa, “nóis fala assim mesmo, sô”.

Segundo os quatro maiores, melhores e mais confiáveis institutos de pesquisas do País, o IPEC, o IPESP, o Datafolha e o Quaest, do ótimo Felipe Nunes, a tendência é que Lula da Silva, o meliante de São Bernardo, seja eleito ainda no primeiro turno.

“Pô, Ricardo, você vai ficar feliz com a eleição do ex-tudo (ex-presidente, ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto e ex-lavador de dinheiro)?”. Eu não, caramba! Deus me livre ficar feliz com uma desgraça dessas.

Contudo, se os cientistas, matemáticos e estatísticos estiverem errados, e Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, estiver certo, será ele, o devoto da cloroquina, o eleito em primeiro turno no dia 2 de outubro. E não apenas ele, mas o indefectível instituto Datapovo e, é claro, os grupos de WhatsApp de todos os meus amigos.

“Pô, Ricardo, você vai ficar feliz com a eleição do patriarca do clã das rachadinhas e das mansões milionárias compradas com panetones e dinheiro vivo?”. Eu não, caramba! Deus me livre ficar feliz com uma desgraça dessas.

Tá difícil, leitor amigo, leitora amiga, me compreender? Tá difícil pensar o mundo fora da caixa binária que 94% dos eleitores se meteram (apenas 6% dizem não votar nem em Lula nem em Bolsonaro)? Pois é. Não deveria.

Seguinte: o amigão do Queiroz e o chefão do mensalão e do petrolão, juntos, representam o que há de pior na podre política brasileira. Nenhum dos dois reúne condições morais, intelectuais, éticas, gerenciais, enfim, nada que justifique o voto.

Já se mostraram péssimos, horrorosos, populistas, autoritários, ladrões e levaram, cada um a seu tempo e modo, o País para o buraco social, político e econômico. Quem disse? Os dados, a realidade, a história recente, ora.

Analisem os quase 16 anos da cleptocracia lulopetista e os quase 4 anos da sociopatia corrupta bolsonarista e veram que o Brasil manteve-se ou estagnado ou caminhou para trás. E ambos foram colhidos por crises mundiais, não só o maridão da Micheque.

Assim, recomendaria o bom senso e a razão, o expurgo dessas pestes da cena política. Mas como bom senso e razão jamais fizeram parte da decisão dos eleitores, ou um ou outro será eleito, ou no domingo ou daqui a um mês.

Dessa forma, quanto antes a tragédia se consumar, melhor. Por isso anseio pelo domingo e pelo fim dessa porcaria de eleição. Se a raiva é inevitável, no meu caso ao menos, que seja em uma só dose. Não aguento mais bolsominions e petralhas me enchendo o saco.