Integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) devem começar a migrar de seus atuais partidos para o Podemos, legenda do ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sérgio Moro, a partir deste mês. O grupo vinha manifestando apoio ao nome de Moro para o Planalto desde o anúncio de sua pré-candidatura, em novembro passado, e ensaia a formação de palanques estaduais com ele.

O deputado estadual Arthur do Val (Patriota), pré-candidato ao governo de São Paulo, afirmou ao Estadão que o movimento de migração é “natural”, uma vez que o MBL e o ex-juiz defendem ideais semelhantes. “O Podemos garantiu não apenas a legenda para eu disputar o governo, como também liberdade para todos que os outros que participarão das eleições tenham tudo o que precisarem no partido”, disse.

Um dos principais atrativos da sigla, além da presença de Moro, seria a garantia de “independência” para o MBL. Membros do movimento declaram com frequência sua fidelidade aos ideais do MBL, em detrimento de partidos políticos. A filiação deve ocorrer junto com a divulgação de uma “carta de independência” entre o grupo e a legenda.

Além de Arthur do Val, o bojo de lideranças do MBL que acertam filiação ao Podemos inclui o deputado federal Kim Kataguiri (hoje no DEM), o vereador Rubinho Nunes (hoje no PSL) e a ativista Adelaide Oliveira, que foi candidata a vice-prefeita de São Paulo em 2018 pelo Patriota.

O MBL é um dos principais movimentos defensores da Operação Lava Jato. Em evento realizado em novembro, integrantes já manifestavam interesse em projetar um palanque com Moro para Arthur do Val. Na ocasião, Adelaide descreveu ambos como os futuros presidente da República e governador paulista.

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