24/11/2024 - 5:00
O segundo turno das eleições presidenciais do Uruguai será realizado neste domingo, 24, quando a população escolherá entre os candidatos Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda Frente Ampla, e Álvaro Delgado, político conservador que prometeu dar continuidade ao trabalho do atual presidente, Luis Lacalle Pou.
No Uruguai, o voto é obrigatório e os presidentes ocupam o cargo de líder do Executivo durante cinco anos sem a possibilidade de reeleição. Conforme o “El País Uruguay”, Orsi aparece ligeiramente à frente de Delgado nas quatro principais pesquisas eleitorais, mas o cenário ainda é incerto e acirrado.
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No primeiro turno, Orsi recebeu 42,6% dos votos contra 26,9% de Delgado. O terceiro colocado foi Andrés Ojeda, do Partido Colorado, de direita, com 16%.
Pupilo de Mujica
Yamandú Orsi, de 57 anos, é apadrinhado pelo ex-presidente José Mujica e almeja levar a esquerda, que governou o país por 15 anos, entre 2005 e 2020, de volta ao poder. O político nasceu na cidade de Canelones e se formou como professor de História em 1991, exercendo a profissão em escolas de Ensino Médio até 2005.
O candidato atuou como secretário-geral durante dez anos e, posteriormente, foi “intendente”, posição similar ao cargo de governador no Brasil, do estado de Canelones por dois mandatos, até renunciar a sua posição para disputar as primárias da Frente Ampla.
Orsi aderiu ao Movimento de Participação Popular fundado por Mujica em 1989 e já disse que se preparava para ser presidente há muito tempo. Apesar disso, o candidato foi criticado por não apresentar um plano de governo antes das eleições e questionado por não participar de debates.
Braço direito de Lacalle Pou
Álvaro Delgado, de 55 anos, nasceu em Montevidéu e se formou como veterinário em 1995. O candidato entrou para o Partido Nacional após trabalhar como produtor rural e ocupou os cargos de inspetor-geral do Trabalho, deputado e senador.
Em 2020, Delgado assumiu o cargo de secretário da Presidência de Luis Lacalle Pou e, dias após sua nomeação, foi declarada a pandemia de Covid-19. A atuação como porta-voz do governo durante a crise sanitária projetou o político como futuro candidato presidencial.
*Com informações da AFP