Indicadores Econômicos – Padrão de Vida

A cidade foi fundada ainda no século XVII, mas foi só na primeira metade do século XX que Jundiaí descobriu a sua vocação industrial, atendendo principalmente os segmentos têxtil e cerâmico. Após a inauguração da Rodovia Anhanguera, em 1948, e aproveitando também a abertura da economia ao capital estrangeiro, mais empresas procuraram a cidade, que passou a receber as indústrias metalúrgicas. Hoje, o município, que mesmo durante a pandemia manteve a posição de 7a economia do Estado de São Paulo e a 17a colocação no ranking nacional dos maiores PIBs, com IDH comparado aos de países desenvolvidos da comunidade europeia, Jundiaí é uma potência econômica e tem qualidade de vida.

Desde 2017 sob o comando do prefeito Luiz Fernando Arantes Machado (PSDB), a cidade ainda em 2021 foi reconhecida como a 2a melhor do País no ranking do Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM), que avalia as áreas de saúde, educação, saneamento e segurança ­e a 1a em eficiência no uso dos tributos arrecadados.

AS TOP CINCO GERAL
1. Jundiaí (SP)
2. São José (SC)
3. Ribeirão
Preto (SP)
4. Balneário Camboriú (SC)
5. Blumenau (SC)

GRANDE PORTE
. Jundiaí (SP)
. São José (SC)
. Ribeirão Preto (SP)
. Blumenau (SC)
. Itajaí (SC)

MÉDIO PORTE
. Balneário Camboriú (SC)
. São Caetano do Sul (SP)
. Vinhedo (SP)
. Brusque (SC)
. Jaraguá do Sul (SC)

PEQUENO PORTE
. Carlos Barbosa (RS)
. Timbó (SC)
. Garibaldi (RS)
. Pomerode (SC)
. Louveira (SP)

NO COMANDO Prefeito desde 2017, Luiz Fernando Arantes
Machado (PSDB) (Crédito:Divulgação)

“Recentemente ficou na 8a colocação no ranking de cidades inteligentes e conectadas (da Connected Smart Cities) entre os municípios brasileiros com população de 100 mil a 500 mil habitantes”, destaca o prefeito, frisando que esse é um atestado de que Jundiaí está no rumo certo. Cidade de grande porte, com população estimada em 426.935 pessoas (IBGE 2021), Jundiaí, apesar de todos os problemas externos a ela, confirmou sua força econômica e seguiu crescendo por meio de ações de fomento à economia local, para tornar-se cada vez mais competitiva na atração de empresas e geração de empregos, sem deixar de lado a sustentabilidade e a inovação. “De março de 2021 a março de 2022, o número de empresas ativas na cidade cresceu 14% e o número de microempreendedores individuais avançou 30%”, destaca Machado, frisando que o governo municipal se dedicou ainda mais à desburocratização dos processos de abertura de empresas e criou o programa Jundiaí Empreendedora, desenvolvido em parceria com Sebrae, sistema S, universidades, escolas profissionalizantes, Banco do Povo e entidades de classe e sindicais. “Também tratamos de fortalecer nossa rede de proteção social, de modo a não deixar ninguém para trás”. Mas, tendo a educação como prioridade – segundo o prefeito, o maior investimento e legado de um homem público -, ele diz que um dos grandes motivos de orgulho do seu governo é o fato de as crianças estarem prontas para o futuro. “Jundiaí é a Cidade das Crianças, com reconhecimento internacional. E o programa Escola Inovadora, que criamos, é um grande propulsor para esse futuro”.

ORGULHO DOS MORADORES Camboriú, a Miami brasileira, tem padrão de vida elevado e população com praticamente 100% de saneamento básico (Crédito:Divulgação/prefeitura municipal de Camboriú)

Balneário Camboriú

“Que o Balneário Camboriú não se consagre como Dubai, Mônaco ou a Miami do Brasil. Mas que ela seja uma cidade que propague vida, que as pessoas possam ser cuidadas, não só com os serviços básicos, mas também onde o poder público tem a responsabilidade sobre a saúde emocional dos seus habitantes. E que seja um local saudável e feliz, não só uma cidade que tem grandes obras, mas que tenha como maior obra, as pessoas”. Tais palavras são do advogado Fabrício Oliveira (Podemos), prefeito reeleito do Balneário de Camboriú, cidade de médio porte de Santa Catarina, e só elas já justificam o reconhecimento nesse anuário como campeã do subgrupo Padrão de Vida, dentro dos Indicadores Econômicos.

Cantada em prosa e verso, a cidade orgulha seus moradores e visitantes com suas colinas ingremes, que caem até o mar, local, aliás, onde tudo lembra o meio ambiente. E o prefeito explica: “O poder econômico do Balneário não está na construção civil nem no turismo, mas sim, no meio ambiente. É disso do que as cidades sobrevivem. Nós hoje somos a mais saneada do Estado e vamos chegar ao fim do ano com 100% de saneamento. Temos programas de recuperação de rios; de ajuda ambiental; de envolvimento e títulos de sustentabilidade internacional, como o Bandeira Azul. Somos uma cidade avançada, urbanizada, mas também temos praias completamente virgens e esse mix faz Camboriú ter tanto o turismo sol e mar, como o ecoturismo, por meio do Centro Eventos”.

O município, que segundo ele enfrentou grande parte do combate à pandemia com recursos federais, tem grande contingente de idosos, comparável – proporcionalmente ao número de habitantes – a países como a Itália. Assim, precisou de providências ainda mais especiais, como tratamento e testagem em domicílio. “Abrimos ainda o primeiro hospital público no Estado, para tratar exclusivamente do coronavírus e tudo isso nos deu uma condição de enfrentamento com mais força. Hoje, em Saúde focamos muito na prevenção e no setor social com iniciativas especiais, como o Programa Abraço, com ótimos resultados”.

Em contrapartida houve muitas realizações durante a pandemia. Foi feito o maior aterro de praia da América Latina; abertos novos acessos e entradas; lançados novos programas; instalada a roda gigante, inaugurados parques e o Centro de Convenções. Mais dois estão previstos para o segundo semestre. Como diz o prefeito, última cidade a entrar e a primeira a sair da crise, o Balneário, durante a pandemia, registrou o maior crescimento econômico social da sua história.

Carlos Barbosa

Na área industrial essa cidade de pequeno porte do Rio Grande do Sul tem sua maior fonte de arrecadação de recursos em algumas grandes empresas que têm bom recolhimento e ainda ajudam o município, executando por conta própria várias obras e melhorias.

A informação é do prefeito Everson Kirch (PP) que, embora explicando que o maior desafio certamente foi ter pego o ápice da pandemia com apenas três meses de governo – é sua primeira gestão –, “quando todos os esforços foram focados basicamente em atenção à saúde das pessoas”, ele diz que no início do ano passado houve uma perspectiva de redução da arrecadação. “Mas, graças ao equilíbrio fiscal que promovemos, adicionado às captações de recursos federais e estaduais que buscamos, e ainda a retomada rápida da economia que acabou gerando mais arrecadação, conseguimos fechar o ano com muita tranquilidade e otimismo”, frisa Kirch, pontuando que, embora Carlos Barbosa não seja uma cidade barata de se viver, a população trabalha muito e colabora com o município. “Todos barbosenses sabem que eles precisaram trabalhar para conquistar a qualidade de vida que temos, pelo que, para nós, é motivo de grande orgulho esse reconhecimento como uma das melhores cidades do Brasil. Certamente somos uma população diferenciada, extremamente trabalhadora, estudiosa e colaboradora”.

COOPERAÇÃO Carlos Barbosa (RS) tem na área industrial sua maior fonte de arrecadação (Crédito:Divulgação/prefeitura municipal de Camboriú)

Contando hoje com cerca de 31 mil habitantes mas, em constante crescimento e desenvolvimento, Carlos Barbosa, fundada por volta de 1855 com a vinda dos primeiros imigrantes alemães, teve seu maior impulso aproximadamente 15 anos depois deles, com a chegada dos imigrantes italianos – a maioria do Vêneto e da Lombardia –, que constituíam o grupo mais numeroso que ali se estabeleceu, fixando-se em quase todas as localidades do município.

Com grandes projetos para a cidade, como por exemplo o restauro do prédio da Estação Férrea; a reforma do calçadão, com a retirada da fiação elétrica aérea, e ainda com muitas vias para qualificar na cidade e no interior, o prefeito ressalta que hoje, via Corsan (órgão estadual), a cidade tem 100% de água tratada, mas ainda é preciso avançar muito em saneamento. “Somente agora está começando a ser construída a primeira estação de tratamento de esgoto”. Perdemos praticamente um ano em razão da pandemia, mas temos tempo para colocar em prática todo nosso projeto. Aqui contamos com uma sociedade cada vez mais humana, com empatia e que sabe que, para crescer, temos de nos dar as mãos e nos ajudar mutuamente”.