Com seu olfato apurado, Diamond e Sofy detectam em poucos segundos, entre cinco amostras, qual pertence a um paciente com covid-19.

Eles fazem parte de um treinamento de cães realizado em El Salvador pelo bombeiro espanhol Jaime Parejo.

O treinamento de Diamond (um pastor alemão) e Sofy (um Labrador Retriever), que começou no dia 8 de março e terminará no dia 29 de abril, acontece na Segunda Base Área salvadorenha, pertencente ao Aeroporto Internacional Óscar Arnulfo Romero, a 45 km no sudeste de San Salvador.

Os cães treinados com o método Arcón, “em cem por cento dos casos de forma interrompida estão detectando corretamente, apesar da variabilidade aleatória em que os contentores (de amostras) estão posicionados”, explica Parejo.

O método, patenteado por Parejo em 1994, visa otimizar a autonomia do cão no que diz respeito ao seu guia para resgatar e salvar pessoas sob os escombros e agora para detectar doenças.

Cinco amostras foram colocadas em uma sala, cada uma contendo gaze absorvente, mas apenas uma contendo o suor de uma pessoa com coronavírus. Essa doença tem um odor e, embora os humanos não possam percebê-lo, esses cães podem.

Ao receber o aviso, os cães farejam e param em frente à amostra infestada pelo vírus. Como um sinal de sua conquista, abanam o rabo ou sentam-se. A covid-19 não é prejudicial para eles.

Parejo frisou que os cães, pertencentes à Divisão de Antinarcóticos da Polícia, são adequados para a detecção precoce da covid-19, mesmo em pessoas assintomáticas.

Países como Equador e Chile também usam cães para lutar contra a doença.

Segundo o bombeiro salvadorenho Federico Pimentel, participam do curso 24 integrantes das Forças Armadas, da Polícia e dos bombeiros locais.

Assim, El Salvador terá os primeiros quatro cães treinados para detectar a doença em pontos estratégicos, como o aeroporto.