O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou, nesta sexta-feira (28), a autoria do ataque com um artefato explosivo ocorrido na véspera ao sul de Damasco, perto do mausoléu de Sayeda Zeinab, importante local de peregrinação xiita na Síria.

Na noite de ontem, seis pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas na explosão de um artefato perto do santuário xiita, segundo autoridades sírias. Em comunicado divulgado no aplicativo de mensagens Telegram ontem à noite, o grupo jihadista afirmou que alguns de seus combatentes conseguiram burlar as restrições de segurança e “explodiram uma moto-bomba durante uma reunião de peregrinos xiitas”.

Nos últimos dias, autoridades reforçaram a segurança na região, na véspera da Ashura, importante festa muçulmana xiita, que dura dez dias.

Em seu comunicado, o EI também reivindicou outro atentado a bomba, contra “um ônibus que transportava peregrinos xiitas no mesmo setor, que deixou dois feridos e destruiu o veículo”. Na última terça-feira, uma explosão em um ônibus nessa região da capital síria feriu dois civis, informaram meios oficiais, citando uma fonte dos serviços de segurança.

O complexo de Sayeda Zeinab, com sua mesquita de cerâmica turquesa e cúpula de ouro de estilo iraniano, foi defendido, desde o início da guerra na Síria, em 2011, por milicianos xiitas, em particular libaneses e iraquianos, ao lado do Exército do governo de Damasco.

Um duplo atentado suicida em fevereiro de 2016, também reivindicado pelo EI, a 400 metros do mausoléu, causou 134 mortes. Semanas antes, o mesmo grupo sunita ultrarradical reivindicou a autoria de uma tripla explosão perto do santuário, que deixou 70 mortos.

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