O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) precisou de um defensor público para apresentar sua defesa no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 8. O parlamentar é acusado de quebra de decoro parlamentar ao ir aos Estados Unidos para articular medidas contra o país para pressionar o avanço do PL da Anistia. O relatório do deputado Delegado Marcelo Freitas (União Brasil/MG) foi pelo arquivamento do processo.
Eduardo foi notificado pela Câmara sobre seu processo de cassação há cerca de 15 dias, mas não nomeou um advogado para lhe representar no colegiado. Sem resposta, o conselho tomou a iniciativa de solicitar o apoio da Defensoria Pública da União (DPU) para fazer a defesa do parlamentar. Foi escolhido o defensor Sérgio Armanelli Gibson, que afirmou não haver justificativa para a cassação.
O deputado é alvo de um pedido do PT para a cassação do mandato parlamentar após a admissão de articulações para sanções contra a economia do Brasil e autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF) nos Estados Unidos. Além do tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, a Casa Branca impôs a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e sua esposa. Essa última punição foi creditada a Eduardo e ao jornalista Paulo Figueiredo, seu aliado mais próximo.
Moraes relata um processo contra Eduardo no STF por obstrução de justiça no processo que apura a tentativa de golpe de Estado. A Corte deve votar se torna o deputado federal réu ou não no processo nas próximas semanas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o filho 03 de Bolsonaro no último mês.