26/05/2024 - 9:57
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), disse que a reconstrução das áreas atingidas por enchentes pode levar de seis meses a um ano. Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do estado, 469 municípios foram afetados, deixando 166, 806 feridos, 581.638 desalojados e 55.791 abrigados.
Em entrevista ao “Jornal Nacional”, da TV Globo, o governador afirmou que está empenhado na construção de casas para famílias mais carentes. “A gente está encaminhando a construção de casas definitivas, em modos construtivos rápidos , que são, por exemplo, blocos de concreto, sempre olhando terrenos que não tenham sido atingidos pelas inundações”, explicou.
“Isso leva tempo em algumas situações, de seis meses a um ano, para poder se restabelecer, eventualmente um pouco mais do que isso, depende da complexidade da obra”, acrescentou.
Para mapear os locais que foram afetados pelas enchentes, são usadas imagens de satélite e drones. O tenente-coronel da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, Rafael Luft, disse ao jornal que a tecnologia irá ajudar nesse diagnóstico.
“Nós vamos estabelecer esse diagnóstico, apontar quais foram as casas que foram destruídas, as escolas que foram destruídas, as creches, unidades básicas de saúde, enfim, toda a dimensão planificada dessa destruição se apresenta como um grande desafio para nós estabelecermos minimamente um tamanho do desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul”, completou.
O ministro Paulo Pimenta afirmou que haverá um programa do governo federal para reconstrução das casas de quem ganha até R$ 4,4 mil. “As prefeituras fazem um cadastro, as prefeituras destinam o terreno e o governo federal consegue o valor para compra do imóvel usado. Nós também requisitamos todos os imóveis que estavam para leilão na Caixa Federal e no Banco do Brasil, para fazerem parte deste programa. E vamos também adquirir os imóveis que a iniciativa privada está construindo que se enquadram nessa faixa de valor”, destacou.
Governo do estado sanciona lei para reconstrução
Na sexta-feira, 24, o governo do Rio Grande do Sul sancionou uma lei que institui o plano de reconstrução do estado. O texto estabelece um fundo para atuação em três eixos. São eles: ações emergenciais, ações de reconstrução e um conjunto de planos para o futuro do estado.
As ações emergenciais são de curto prazo e envolvem o restabelecimento de serviços essenciais e medidas de recuperação como limpeza, realocação habitacional temporária, desobstrução de vias e gestão das doações.
Já a reconstrução envolve medidas de médio prazo, pois trata da recuperação da infraestrutura logística como rodovias, portos e aeroportos, equipamentos públicos, presídios e terminais de transporte metropolitano.