O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB) voltou à casa da Lava Jato. Nesta terça-feira, 21, o peemedebista foi transferido de Brasília, onde estava havia dois meses, para Curitiba, base e origem da maior operação já desfechada contra a corrupção no Brasil. A remoção ocorreu por ordem do juiz federal Sérgio Moro.

Eduardo Cunha foi condenado por Moro a 15 anos e quatro meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas por supostamente ter recebido e mantido em conta na Suíça uma propina de US$ 1,5 milhão em 2011 na compra de campo petrolífero em Benin, na África, pela Petrobras.

O ex-presidente da Câmara pretendia permanecer em Brasília, para onde havia sido transferido em setembro, onde mantém laços com muitos outros políticos e também é réu em outra Operação, a Sépsis, por supostos desvios no Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).

Ao tirar Cunha da Penitenciária da Papuda, Moro destacou que, em Brasília, o ex-deputado pode continuar mantendo contatos com “antigos parceiros do crime”. Para o magistrado, em Curitiba, Cunha tem menos influência política.