Rio – O deputado federal Eduardo Bolsonaro, que também é postulante ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos por indicação do próprio pai, usou o Twitter para explicar sua foto fazendo arminha em frente a uma escultura contra a violência na sede da ONU, em Nova York.
Segundo o parlamentar, a escultura “serve para depreciar o papel fundamental das armas na garantia da paz”. Eduardo sugere, então, que a ONU coloque esculturas homenageando fuzis usados pelos Pais Fundadores (líderes políticos que participaram da independência dos Estados Unidos). O deputado afirma que os fuzis são responsáveis por “garantir a liberdade dos EUA” e fazer do país “uma terra tão próspera”. O país, que tem porte e posse de arma liberados, já teve mais de 330 tiroteios em colégios – como o que ocorreu no Brasil, em Suzano – apenas em 2019.
A escultura na sede da ONU, intitulada “Sem violência”, foi feita pelo artista sueco Carl Fredrik Reuterswärd em 1985, como tributo a John Lennon, assassinado a tiros em 1980.
Eduardo diz que o assassinato do músico “é o pano de fundo para calar os pró-legítima defesa que ousarem falar contra – quem poderia ser contra essa escultura, ainda mais em tempos de politicamente correto?”
“O que aconteceria se John Lennon estivesse armado?”, questiona, para depois afirmar que seria mais “democrático” que a ONU, ao menos, colocasse também as mãos do assassino de John Lennon na escultura, “pois o revólver não atirou sozinho”, conclui.