O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) discutiram nas redes sociais após a apresentação de um  “superpedido de impeachment” contra o presidente Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Após a entrega do pedido de impeachment, grupos da esquerda, da direita e do centro participaram de um ato.

“O apelido ‘camisinha de comunista’ nunca esteve tão bem representando. Na foto: Kim pedindo impeachment do Presidente junto com Melchiona do PSOL e o deputado Cuecão do PT”, escreveu Eduardo Bolsonaro.

Pouco após o post do filho do presidente, Kim respondeu: “Fala isso mas quando é pra votar contra a PEC da Impunidade tava lá de mão dadas com o PT. Eu, pelo menos, só to tentando tirar o seu papai genocida da presidência. Você, por outro lado, está sempre defendendo os interesses dos corruptos”.

“Superpedido de impeachment”

Com 46 assinaturas e 271 páginas, a Câmara recebeu na quarta-feira (30) um superpedido de impeachment contra Bolsonaro. O documento é assinado por deputados da oposição e da centro-direta, como Joice Hasselmann (PSL-SP), Kim Kataguiri (DEM-SP) e Alexandre Frota (PSDB-SP).

O texto foi elaborado pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) e tem como signatários, além dos parlamentares, entidades representativas da sociedade e personalidades. O pedido reúne os autores dos mais de 100 pedidos já protocolados desde o início do mandato, com 23 tipos de acusações de crimes penais que teriam sido cometidos pelo presidente.

A frente reúne PSOL, PT, PDT, PV, Rede Sustentabilidade, Cidadania, Central de Movimentos Populares (CMP), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Movimentos dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), entre outros.

O pedido menciona que Bolsonaro teria cometido crime contra o livre exercício dos poderes, ao participar de ato com ameaças ao Congresso e Supremo Tribunal Federal (STF); usar autoridades sob sua subordinação para praticar abuso de poder no espisódio de troca do comando militar e interferir na Polícia Federal; incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina; provocar animosidade nas classes armadas, ao incentivar motim dos policiais militares em Salvador; e as omissões e erros no combate à pandemia, que seriam crie contra a segurança interna.

A escolha de dar ou não seguimento aos pedidos de impeachment é do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo. A maioria dos pedidos, no entanto, chegou à Casa ainda na gestão de Rodrigo Maia (DEM-RJ).

* Com informações da Agência Estado