O clã Bolsonaro é do tipo ‘faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço’. O verdugo do Planalto, por exemplo, se diz cristão, mas já casou e descasou algumas vezes; prega a violência física contra os adversários políticos; é intolerante com as mulheres; odeia, literalmente, os homossexuais; deseja o extermínio dos índios; equipara os negros a gado de corte; usa verba parlamentar para ‘comer gente’; considera o estupro uma questão de gosto; incentiva as crianças a gostarem de armas; idolatra torturadores; apoia regimes ditatoriais e enaltece fascínoras como Hitler, Chávez e Putin.

Já Flávio Bolsonaro, o senador das rachadinhas e da mansão avaliada em 14 milhões de reais, oficialmente comprada por ‘apenas’ 6 milhões, curiosamente registrada em um cartório fora de Brasília, faz juras de amor ao combate à corrupção, mas empregava um miliciano que, confessadamente, praticava peculato em seu gabinete na ALERJ (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), quando era deputado estadual, miliciano este que pagava despesas pessoais do próprio bolsokid e abasteceu a conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com 90 mil reais em cheques.

Jair Renan, aquele rapaz com cara de canastrão de novela mexicana, também vive em uma mansão em Brasília, junto com a mãe, funcionária pública, que dá conta de pagar o aluguel ‘com o pé nas costas’, ainda que receba, ao menos oficialmente, cerca de 6 mil reais mensais como assessora parlamentar. O lar dos felizardos é avaliado em mais de 3 milhões de reais, e seu proprietário, sabe-se lá por que, vive em uma modesta residência em Vicente Pires, distante 30 km do Lago Sul, local da mansão. Ah, o locador financiou a casa no mesmo banco (estatal, claro!) que emprestou dinheiro para Flávio Bolsonaro.

Então. Sabem o Eduardo Bolsonaro, também conhecido como Dudu Bananinha, expert em fritar hambúrguer nos EUA? Pois é. Defensor da moral e dos bons costumes, segundo o deputado federal Delegado Waldir (PL-SP), em 2017, enquanto papai Jair, o devoto da cloroquina, disputava a Presidência da Câmara – e obteve estrondosos 4 votos! -, se encontrava no Havaí, surfando e fumando maconha, vejam só. Na verdade, o bolsokid se encontrava na Austrália, e trocou mensagens nada familiares com o pai, flagradas, à época, pelo fotógrafo Lula Marques – não confundir com Lula da Silva, o meliante de São Bernardo.

‘Papel de filho da puta que você está fazendo comigo. Tens moral para falar do Renan? Irresponsável. Mais ainda, compre merdas por aí, não irei te visitar na Papuda. Se a imprensa te descobrir, e o que está fazendo, irá comer seu fígado e o meu’, escreveu ‘Bibo Pai’ para ‘Bob Filho’, que retrucou: ‘quer me dar esporro, tudo bem. Vacilo foi meu. Achei que a eleição só fosse semana que vem. Me comparar com o merda do seu filho, calma lá’. (Renan e Eduardo não são filhos da mesma mãe). Que primor de diálogo, não? Que exemplo de cidadãos de bem, tementes a Deus e guardiões da pátria e da família.

Agora é a vez do deputado Julian Lemos (União Brasil-PB) contar ao Brasil as ‘qualidades’ do bolsokid da erva venenosa: ‘Vaidoso, prepotente, mimado, covarde, frouxo, ingrato, mentiroso, desonesto, desleal, rola pequena, incapaz de resolver diferenças como um homem de verdade’. Xiiii, tocou no ponto em que o clã dos cabras-machos não aceitam: sexualidade. Julian revelou que a bananinha do Dudu não é Prata nem da Terra; é nanica! E confirmou que é ‘maconheiro usurpador do erário’. Bem, então ficamos assim: após a baixaria toda, típica do bolsonarismo, Eduardo Bolsonaro agora é Dudu Bananinha Nanica.