SÃO PAULO, 4 AGO (ANSA) – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) agradeceu através do Twitter as palavras de apoio do ex-ministro italiano e líder do partido ultranacionalista Liga, Matteo Salvini, que defendeu seu pai, o presidente Jair Bolsonaro, na gestão da pandemia do novo coronavírus.   

Salvini compartilhou um texto que falava sobre as críticas do ex-embaixador da Itália no Brasil Michele Valsensise em um artigo publicado pelo “Huffington Post”. Nele, Valsensise afirmava o país “está pagando um preço altíssimo pela desconcertante linha negacionista de risco imposta pelo presidente Bolsonaro”.   

“Mas parece normal para vocês que um ex (por sorte) embaixador insulte o presidente de um país amigo como o Brasil, Jair Bolsonaro, demonstrando ignorância e nenhum respeito por milhares de mortes? Que se envergonhe e peça desculpas”, postou Salvini no Twitter.   

Na manhã desta terça, Eduardo usou a mesma rede social para agradecer o político de extrema-direita e escreveu que “no início da pandemia a Suprema Corte do Brasil decidiu que quem determina lockdowns são governadores de estados e prefeitos, não o Presidente Bolsonaro”. “E Jair Bolsonaro está investindo contra a pandemia mais do que a média dos países desenvolvidos”, escreveu ainda.   

O texto de Valsensise usava como base os números e as declarações dadas pelo presidente desde o início da pandemia, como a sua defesa do uso da hidroxicloroquina (que não tem efeitos comprovados cientificamente sobre os benefícios nos pacientes com Covid-19) e a “sua confiança na benevolência de Deus” para se curar. Ele também lembrou da frase de que “todos vão morrer um dia mesmo” dada por Bolsonaro.   

E, no campo da diplomacia, o ex-embaixador afirmou ainda que essa postura do mandatário acabou fazendo com que o Brasil perdesse “sua projeção internacional”, conquistada durante os mandatos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.   

“O tradicional empenho multilateral de Brasília e seu protagonismo em temas da agenda global deram lugar a uma isolamento complacente e contraproducente”, ressalta ainda.   

(ANSA).