A Granta já teve duas edições diferentes em português: a Granta Brasil, publicada entre 2012 e 2015, e a Granta Portugal, entre 2013 e 2017, segundo explica um dos novos editores da Granta em Língua Portuguesa, Gustavo Pacheco.

“Em 2018, a Bárbara Bulhosa, editora da Granta Portugal, decidiu transformar a edição portuguesa em uma revista binacional, e assim surgiu essa nova publicação. Os primeiros dois números ficaram a cargo do Carlos Vaz Marques, jornalista português que tinha dirigido a edição; só em 2019, a partir do número 3, é que a revista passou a funcionar com um codiretor português (o poeta, cronista e crítico literário Pedro Mexia) e um codiretor brasileiro (eu). Foi uma mudança importante, pois consolidou e aprofundou o projeto de fazer uma revista realmente binacional.”

Para ele, o balanço desse primeiro ano transatlântico é “excelente”.

“Publicamos vários textos brasileiros interessantíssimos, entre eles um conto da Ana Paula Maia (coisa rara, já que ela é essencialmente romancista) e um conto do Joca Reiners Terron que acabou dando origem a seu romance mais recente, A Morte e o Meteoro. Entre os estrangeiros, publicamos textos de Philip K. Dick e Roberto Bolaño que estavam inéditos em português, e também contos de autores mais jovens e ainda desconhecidos no Brasil e em Portugal, como a Aoko Matsuda (traduzida diretamente do japonês).”

Em Portugal, segundo Pacheco, a revista é bem conhecida, tem cerca de 800 assinantes e vende alguns milhares de exemplares. “No Brasil, pouco a pouco tem crescido o número de assinantes.” Uma nova edição está prevista para maio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias