Economia do México cresceu 1,3% em 2024

A economia do México, a segunda maior da América Latina, atrás apenas do Brasil, cresceu 1,3% durante 2024, impulsionada principalmente pelo comércio e pelos serviços, segundo estimativas do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) divulgadas nesta quinta-feira (30).

“Em 2024, o PIB (se) incrementou 1,3% em relação a 2023”, disse a instituição em um comunicado, detalhando, no entanto, que no quarto trimestre de 2024 a economia teve uma contração de 0,6% em comparação com o período de julho a setembro.

A queda do PIB no último trimestre é a primeira desde 2021 e ocorre em meio a um nervosismo generalizado devido às ameaças do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor pesadas tarifas sobre as importações do México.

Por setores, o terciário, que compreende as atividades de comércio e a prestação de serviços, teve o melhor desempenho em 2023, com um avanço de 2,2%, enquanto as atividades industriais e a geração de energia aumentaram apenas 0,1%.

As atividades primárias, que abrangem agricultura e extração, foram as que apresentaram o pior desempenho, com uma queda de 2,2% em comparação com 2023.

Este setor retrocedeu 8,9% no quarto trimestre em relação ao período de julho a setembro.

O Inegi divulgará os dados revisados do PIB mexicano em 21 de fevereiro.

Analistas atribuem essa queda no trimestre passado ao retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos, com suas ameaças de impor tarifas ao México e ao Canadá, seus parceiros comerciais no tratado comercial da América do Norte, o T-MEC.

“Após o crescimento de 1,3% do PIB do México em 2024, espera-se que em 2025 a desaceleração econômica continue, com um crescimento de apenas 0,8%”, apontou à imprensa Gabriela Siller, diretora de análise do grupo Base.

A economia mexicana, fortemente ligada à dos Estados Unidos, o principal destino das suas exportações, despencou 8,7% em 2020, afetada pela pandemia de covid-19. Desde então, tem experimentado uma recuperação.

Em 2023, o PIB registrou um aumento de 3,2%.

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