'É um golpe na sociedade', diz idealizador da Ficha Limpa sobre PL que derruba inelegibilidade

Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é jornalista graduado na FACHA, no Rio, e pós-graduado em Ciências Políticas pela UnB. Iniciou carreira em 1996 em MG. Foi colunista do Informe JB, da Gazeta Mercantil, dos portais iG e UOL. Apresentou programas na REDEVIDA de Televisão e foi comentarista da Rede Mais/Record Minas. De Brasília, assina a Coluna Esplanada em jornais de capitais e é colunista do portal da Isto É.

‘É um golpe na sociedade’, diz idealizador da Ficha Limpa sobre PL que derruba inelegibilidade

Marlon Reis
Marlon Reis Foto: Reprodução/Facebook

A vergonhosa decisão do plenário do Senado em afrouxar a Lei da Ficha Limpa, aprovando projeto de lei que derruba a pena de inelegibilidade para quem for condenado com pagamento de multas por crimes eleitorais, (leia aqui) já rende repercussão no meio jurídico.

Ex-juiz idealizador da Ficha Limpa, que barrou muita gente enrolada com a Justiça nas eleições, Márlon Reis reclama à Coluna:

“Essa medida do Congresso, composto por uma maioria que conta com o apoio do Governo Bolsonaro, é um golpe no anseio da sociedade por transparência e integridade na gestão da coisa pública. Não nos deixaremos abater. Precisamos preservar essa lei que é uma conquista de todos os brasileiros”.

O PLP que foi a sanção beneficia principalmente os candidatos e gestores que tiveram prestação de contas rejeitadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais ou pelo TSE – habitualmente, pela praxe da Justiça, condenados a pagar multas.

Já existe um forte movimento suprapartidário para tentar convencer o presidente Bolsonaro a não sancionar o projeto aprovado na última quarta-feira.