A 6ª Delegacia de Defesa da Mulher ouve na tarde desta segunda-feira os últimos depoimentos no inquérito sobre a acusação de estupro do atacante Neymar contra a modelo Najila Trindade. Prestam esclarecimentos Altamiro, CEO das empresas de Neymar, e Carlos Henrique, amigo do jogador que teria conversado com o jogador sobre o suposto crime em Paris, no dia 15 de maio.

“É um absurdo essa acusação contra o Neymar”, declarou Carlos Henrique em breve declaração à imprensa na saída do depoimento. Ele foi orientado pelo seu advogado a não dar declarações. “A gente se conhece há 12 anos”, completou. Carlos Henrique foi chamado a depôr, pois teve conhecimento do encontro entre Najila e Neymar em contato com o próprio jogador antes do registro do Boletim de Ocorrência.

A participação de Carlos Henrique representa uma “precaução dos investigadores”. Eles querem ouvir todas as partes citadas no inquérito para que nenhuma dúvida permaneça nas investigações.

Altamiro Bezerra chegou acompanhado de um dos advogados da defesa, Davi Tangerino. Os dois não deram declarações. Ele deve esclarecer uma reunião que teria acontecido entre o pai de Neymar e José Edgard Bueno, antigo advogado de Najila Trindade. Altamiro teria participado dessa reunião.

O inquérito está na fase final. Após os depoimentos, a delegada Juliana Bussacos finaliza o relatório e o encaminha para o Ministério Público. As três promotoras de Enfrentamento à Violência Doméstica que acompanham o caso vão analisar as conclusões da Polícia Civil e podem fazer sugestões. A delegada pode pedir abertura de ação penal, o que significa que Neymar seria indiciado por estupro, arquivamento do caso ou ainda a continuidade das investigações. O Estado apurou que os investigadores pretendem concluir o relatório ainda nesta semana.

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