A frustração na arrecadação com o leilão de áreas do pré-sal nesta sexta-feira, 27, foi considerada “um processo normal” pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele disse ainda que o saldo é positivo do ponto de vista do Orçamento de 2017, considerando o ágio obtido pelo governo nos recentes leilões de hidrelétricas e de blocos de exploração de petróleo pelo regime de concessões, realizados em setembro.

“Existem leilões que dão resultado um pouquinho melhor, outros que dão resultado pior. O leilão anterior deu resultado bem melhor do que o esperado, aqueles leilões de hidrelétricas e de petróleo foram melhores em mais de R$ 3 bilhões. Este foi mais de R$ 1 bilhão abaixo do esperado”, disse Meirelles após almoço com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, na residência oficial em Vila Velha, município da Grande Vitória.

As 2ª e 3ª Rodadas de Partilha de Produção foram realizadas hoje, mas duas áreas não foram arrematadas, o que reduziu a arrecadação do governo para R$ 6,15 bilhões, abaixo da expectativa, que era de R$ 7,75 bilhões.

“É normal de leilões, alguns superam estimativa, outros não superam, mas se nós somarmos o que já foi feito, o saldo ainda é positivo, apesar desse resultado um pouco abaixo do esperado”, reforçou o ministro.

No leilão das usinas hidrelétricas, o governo esperava R$ 11 bilhões, mas arrecadou R$ 12,13 bilhões. Já na concessão das áreas de petróleo na 13ª Rodada, realizada em setembro, as outorgas somaram R$ 3,842 bilhões, contra expectativa de cerca de R$ 500 milhões.