Nestes tempos em que visualizar tem mais influência que ver — e viralizar dá mais popularidade que vender ingressos —, chegou a vez das produções baratas que brilharam na mídia social tomar conta da festa do Oscar, em 30 de março. Filmes independentes e despretensiosos trazem tramas insólitas, híbridas ou delicadas capazes de gerar memes, “likes” e comentários em agregadores de críticas. Eles combinariam no passado com festivais alternativos, como o Sundance, e nada os credenciaria para o tapete vermelho dedicado a superastros. Entre os longas-metragens tipo “indie” que entram em cartaz (além de “A Forma da Água”), destaca-se “Lady Bird”, da diretora e atriz Greta Gerwig. A história de Christine (Saoirse Ronan), uma estudante interiorana de 18 anos que amarga a passagem para a idade adulta, estreou em poucas salas e arrecadou US$ 5 milhões nas primeiras semanas. Mas o sucesso nas redes sociais foi gigante. Além disso, obteve um raro índice de 99 % de aprovação no agregador de críticas Rotten Tomatoes. Acabou indicado em cinco categorias no Oscar. Os influenciadores digitais se tornaram jurados influentes no maior prêmio do cinema.