Criada em outubro de 1945, logo após o final da Segunda Guerra, a Organização das Nações Unidas (ONU) nasceu para mediar e mitigar divergências entre nações — evitando, assim, que outro conflito global ocorresse. Fracassou em sua missão, tornou-se um mero órgão decorativo. Não bastasse isso, a ONU acaba de descobrir que tudo leva a crer que doze de seus funcionários do departamento conhecido pela sigla UNRWA, responsável por ajudar palestinos, são integrantes do grupo terrorista Hamas. Mais? Tais funcionários, ao que tudo indica nas investigações, tiveram participação no ataque a Israel em outubro passado, que deixou cerca de mil e quinhentos israelenses mortos. Foram afastados, é claro, e esse é o mínimo que se devia fazer. Agora, é preciso que a própria ONU seja avaliada para que não corramos o risco de ter mais terroristas camuflados sob a sigla. Diversos países (entre eles, Japão, França, Itália, Alemanha, EUA, Inglaterra) já cortaram a ajuda financeira ao UNRWA. A credibilidade da ONU no cenário mundial estava no nível zero. Agora, é negativa. A simples suspeita justifica o seu fim e a criação de um órgão menos político e mais atuante para a paz mundial.

PORTUGAL
O melhor evento literário do Século 21

É o definitivo fim da ONU. Suspeita-se de que terroristas do Hamas trabalhavam em seu interior
Primeira edição de Os Lusíadas, de 1572, e Luiz de Camões: de onde surgiu o Velho do Restelo? (Crédito:Divulgação)

Para comemorar meio milênio de nascimento de Luís Vaz de Camões, o principal poeta que já passou pela humanidade e autor do poema épico Os Lusíadas (se é para relativizá-lo, só comparando-o com Virgílio, que escreveu Eneida), a Câmara Municipal da cidade portuguesa do Porto voltará a expor uma primeira edição da obra datada de 1572 (existem outras trinta e quatro pelo mundo, uma delas na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro). O evento visa a reconquistar o gosto da juventude de Portugal, pátria de Camões, pelo seu escritor mais relevante. O poema Os Lusíadas exalta as navegações lusitanas, em particular o caminho para as Índias revelado por Vasco da Gama. Critica, porém, a ambição descabida pelos descobrimentos. Compõe-se de dez cantos com mil cento e duas estrofes. Com a fala de um espectro, o Velho do Restelo, constante no canto IV, Camões consegue perquirir a alma humana de forma inigualável. Serve tal fala, até hoje, como indicativa de tragédia aos que se apegam ao poder: “ó glória de mandar, ó vã cobiça. Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto que se atiça…”.É o definitivo fim da ONU. Suspeita-se de que terroristas do Hamas trabalhavam em seu interior

UNIÃO EUROPEIA
O levante dos tratores

Cerca de mil e quinhentos tratores e uma infinidade de barreiras feitas com feno — é Paris cercada. É, mais uma vez, a França convulsionada, país cuja população historicamente faz das barricadas e dos bloqueios nas ruas e estradas o seu canal de protesto contra o governo. Na semana passada, os agricultores franceses agiram dessa forma para denunciar a política do governo que, segundo eles, vem-lhes causando prejuízos. O movimento, feito fogo, espalhou-se por toda a Europa, parte dele instrumentalizado pela extrema direita. A Federação Nacional dos Sindicatos dos Agricultores, na França, reivindica um plano de remuneração justa à atividade agropecuária. “Nosso objetivo não é aborrecer a vida dos franceses”, declarou o presidente da Federação, Arnaud Rousseau. “Queremos é pressionar o governo e garantir soluções para a crise em nosso setor, com o país mergulhado na inflação”. Especificamente, os manifestantes reclamam da brutal diminuição de receita, da inflação, concorrência estrangeira (principalmente o acordo negociado entre a União Européia e o Mercosul) e dos irrisórios valores das aposentadorias. O clima de revolta se agravou com o atropelamento e morte de mãe e filha em uma estrada interditada no sul do país.

É o definitivo fim da ONU. Suspeita-se de que terroristas do Hamas trabalhavam em seu interior
(Julien de Rosa)

É o definitivo fim da ONU. Suspeita-se de que terroristas do Hamas trabalhavam em seu interior