“Está namorando?” É a pergunta mais chata das entrevistas, para Grazi Massafera. Foi o que disse a Selton Mello, que a entrevistou para a capa da TOP Magazine. Mas não há como fugir. Dias depois, Grazi foi clicada aos beijos com o advogado Patrick Bulus, filho de um dos sócios da Qualicorp. Se é namoro, o tempo dirá. “Minha palavra favorita é amor. Sou clichê, gente. Sou canceriana”, sorri Grazi, aos 34 anos, prestes estrear uma ex-garota de programa que deseja virar primeir-dama na próxima novela das nove “A Lei do Amor”. É o primeiro papel após o sucesso da viciada Larissa, de “Verdades Secretas”. Ela explica seu divisor de águas: “Foi a primeira vez que fui chamada pelo nome do personagem. Até então eu era a Grazi do Big Brother”. Depois de Larissa, ela diz que ganhou autoestima. “Estava querendo parar. Não encontrava nada que me motivasse mais, e ficar na profissão só pela minha vaidade, sabe? Já tenho o meu dinheirinho que ganhei com publicidade, então comecei a pensar que não estava compensando mais. É muita pauleira, muita crítica”. Mas os ventos mudaram.

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Como feijão com arroz
Sensação geral no Planalto: Michel Temer faz bem a José Serra. “Ele parece outra pessoa. É surpreendente”, diz um interlocutor pemedebista. Recentemente, o chanceler encontrou o jornalista Chico Mendonça, secretário-executivo de Comunicação e alegrou-se: “Como você está um senhor…”. A idéia era agradar, brinca outro observador.

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Ícone da moda nacional
O estilista Ronaldo Fraga recebe, no sábado 2, o prêmio Ícone da Moda, pelo Instituto Europeo di Design. A premiação acontece no Fashion Sunsets, cujo tema é brasilidade. “Ser referência para uma nova geração, como resultado do meu trabalho e paxão pela moda nacional, é gratificante”, diz Fraga. “A indústria da moda nacional vive um momento frágil. Precisamos unir forças.”

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“Cantar ‘Tempo Perdido’ hoje é pertubador”
Quando Herbert Vianna passou o microfone para Dado Villa-Lobos no encerramento do Nívea Viva Rock Brasil, no domingo 25, em São Paulo, o líder do Paralamas do Sucesso não só saudou a vibração do rock dos anos 80 como colocou a Legião Urbana acima de todas as bandas que eram ali homenageadas. O ex-Legião Dado Villa-Lobos empunhou o microfone e impressionou na interpretação de “Tempo Perdido”, de Renato Russo. “É preciso muita Legião para aguentar esse Brasil”, resumiu Herbert.
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No Camarim, após o show, Dado Villa-Lobos disse à coluna: “Trinta anos depois, como essas músicas ainda fazem todo sentido? É perturbador.” E explica: “A gente esperava que o Brasil fosse adiante. Que superasse, nas favelas, no cenário, sujeira para todo lado. É como assombração. Não era para ainda cantarmos “Tempo Perdido” e “Que País é esse”. Sinto isso para mim. Eu tinha 15. Tenho 50. Isso ainda fazer sentido é muito ruim.”
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Depois de uma briga judicial de 15 anos com a família de Renato Russo – detentora da marca Legião Urbana -, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá estão em turnê do show Legião Urbana XXX, que celebra o lançamento do primeiro álbum, de 1985. Já passaram por mais 20 cidades brasileiras. “Está sendo incrível celebrar os 30 anos do primeiro disco. Mas a Legião acabou quando Renato morreu”, diz Dado.

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5 mandamentos In the Spirit of Rio
O jornalista Bruno Astuto, que agora lança em Paris, no dia 4, seu livro “In the Spirit of Rio” (Ed. Assouline), pinça cinco traços cariocas:
1. “Não há emoção maior do que atravessar o Sambódromo lotado. Talvez só parto de gêmeos.”
2. “Quem nunca subiu uma favela não merece a cidadania carioca, não tem ideia do que é a cidade.”
3. “O Rio é a única cidade do mundo que sabe se vestir à beira mar. Na Côte d’Azur e no Caribe, tem sempre uma gringa de bronzeado abóbora e biquíni bizarro”
4. “Carioca adora gringo, mas depois de três visitas…“Lá vem a mala da Madonna de novo.”
5. “A única coisa que realmente me enlouquece no Rio é a impontualidade. O resto tem conserto.”

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“Está difícil rir, mas é necessário”
Na estreia de Contrato Vitalício, primeiro filme do Porta dos Fundos, que ganhou elogios da crítica pela ótima e mordaz sátira ao showbizz, o ator Gregório Duvivier diz que seria uma boa ideia o próximo filme seja uma história da política. Depois do longa de R$ 5,2 milhoes, o plano do grupo formado também por Fabio Porchat e Ian SBF é lançar um longa por ano:

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ISTOÉ – Donald Trump, a onda conservadora, a xenofobia, Inglaterra fora UE. Dá para ri do mundo hoje?
Gregorio Duvivier – Está difícil rir do mundo hoje, mas ao mesmo tempo é indispensável. Nunca o humor foi tão necessário. O humor é uma ferramenta de desmonte de certezas. Me incomoda muito a escalada do nacionalismo. Tenho um medo terrível do saudosismo. Quem quer voltar para trás não quer perder privilégios. Pergunta se os gays e os negros querem voltar para trás no tempo?

ISTOÉ – Imaginava Trump, o protagonista do reality show O Aprendiz, comoo protagonista da onda conservadora nos EUA?
Gregório – É, daqui a pouco vai ser o Justus no Brasil. Mas, pelo menos o Justus, politicamente, não fica dando opinião. Trump é uma ação midiática de um sujeito sem substância.

ISTOÉ – Por que vocês optaram por não tratar de política no filme?
Gregório – Era uma história antiga e não cabia muito falar disso. Mas é uma boa ideia fazer um novo filme mais político.

ISTOÉ – Como imaginaria a Lava Jato num filme do Porta dos Fundos?
Gregório – Seria engraçado ver o que acontece quando uma pessoa totalmente honesta vai parar no Congresso. O cara não rouba, mas o país quebra, porque a gente não está preparada para não roubar.

ISTOÉ – O país não está preparado?
Gregório – Brincadeira, está sim. Mas dá um colapso, uma paralisia do País. Para a economia, a Lava Jato é terrível.

ISTOÉ – Como você observa o governo Temer?
Gregório – Acho trágico. Eu vou no Diretas Já. Não vou nem no Volta Dilma.

ISTOÉ – Vocês foram cobrados pelo filme ser pejorativo com os travestis. É patrulha?
Gregório – Não reclamo, sabia? O que chamam de patrulha, muitas vezes são só as minorias sentindo-se empoderadas o suficiente, quando antigamente eram só silenciadas. É um processo civilizatório na qual finalmente os transexuais tem voz. Acho bonito que reclamem.