A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, estimou nesta quinta-feira (6) que uma reforma previdenciária na França é “inevitável”, mas que é preciso “construir um consenso” sobre isso.

“A única forma de os Estados agirem é demonstrar, constantemente, o que esse tipo de reforma pode trazer para cada um, garantir que todos a sigam e construir um consenso na sociedade”, disse Georgieva em entrevista à AFP.

Dada a “evolução demográfica” e o envelhecimento da população, que fazem que “menos pessoas contribuam para a economia”, uma reforma da Previdência é “inevitável”, acrescentou a chefe do FMI.

“Todos devemos contribuir” para o esforço necessário, “devemos ajudar, e isso significa trabalhar mais tempo”, insistiu Georgieva, acrescentando que “é sempre difícil conseguir que se aceite o que envolve sacrifícios”.

Isso requer envolver “todos, desde a base”, completou.

Segundo a diretora do Fundo, isso é ainda mais importante em um contexto, no qual os governos não podem ignorar o impacto das crises na sociedade desde o início da pandemia da covid-19.

“Vivemos um período complicado”, lembrou Georgieva, ressaltando que “a pandemia e os confinamentos afetaram o tecido social em toda parte, e reconstruí-lo também é uma tarefa prioritária” dos governos.

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