13/11/2019 - 19:02
A Federação Peruana de Futebol (FPF) considerou nesta quarta-feira “inconcebível” o cancelamento do amistoso contra o Chile, que vive uma crise política que já deixou 21 mortos.
“Primeiro, nos avisam que vão antecipar a viagem. Nós já conseguimos o campo de treinamento. É inconcebível, não entendemos nada”, disse ao jornal Depor o diretor esportivo da FPF, Juan Oblitas.
“Logicamente nos causa um mal-estar”, disse o dirigente sobre o cancelamento do jogo logo depois que os jogadores do Chile se negaram a disputar o amistoso.
Oblitas disse que diante dessa decisão se reuniram com o presidente da FPF, Agustín Lozano, para definir este tema e buscar uma substituição.
“Nos deixou desorientados. Nos desorienta na parte esportiva e na parte legal”, afirmou.
A seleção peruana tem também programado um amistoso para esta sexta-feira contra a Colômbia em Miami, antes das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo do Catar-2022.
O técnico do Chile, o colombiano Reinaldo Rueda, liberou imediatamente todos os jogadores para que retornem a seus clubes.
Várias das estrelas da ‘Roja’ manifestaram apoio às reivindicações sociais exigidas nas manifestações que aconteceram desde o dia 18 de outubro quando estourou a crise, a pior vista no Chile há pelo menos três décadas.
“Estou com o povo. Ele se levantou e está pedindo aquilo que é justo. Então é preciso apoiá-lo ao máximo”, manifestou o volante do Barcelona, Arturo Vidal, astro da Roja.
A crise social no Chile também obrigou a transferir para Lima a final única da Copa Libertadores-2019 que deveria ser disputada em Santiago na próxima semana entre o argentino River Plate – atual campeão – e o Flamengo.
A federação chilena também cancelou outro amistoso que o Chile disputaria com a Bolívia nesta semana.
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