O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, voltou nesta sexta-feira, 11, a fazer uma defesa das reformas econômicas no Brasil. Em rápido discurso no “20º Seminário Anual do Banco Central do Chile”, Goldfajn destacou que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos foi aprovada na Câmara e citou a importância da reforma da Previdência. “Com as reformas fiscais, teremos mais liberdade para a desinflação da economia”, afirmou Goldfajn.

De acordo com o presidente do BC, a inflação provavelmente irá abaixo de 7% este ano e as expectativas para o ano que vem estão próximas da meta da instituição, de 4,5%. “A expectativa de mercado para 2017 está em 4,9%”, destacou Goldfajn. “Nós estamos na direção certa. Nós queremos que a inflação vá para 4,5%.”

Em sua exposição, Goldfajn também voltou a criticar as políticas colocadas em prática no governo anterior. “Nos últimos dois anos, estivemos em recessão”, afirmou o presidente do BC. “Alguns fatos exacerbaram os choques externos no País. Tivemos um governo que fez muito intervenção na economia.” Ontem, durante evento da Universidade do Chile, em Santiago, Goldfajn já havia criticado o excesso de intervenções no governo anterior, de Dilma Rousseff (2011-2016).

Para o presidente do BC, com a volta da confiança, os investidores retornarão ao Brasil. Ele disse ainda que outras reformas serão encaminhadas ao Congresso pelo governo no próximo ano.

Ao abordar a questão cambial, Goldfajn destacou a importância da redução dos estoques de swap cambial este ano. “Isso é importante”, disse o presidente do BC, porque dá à instituição maior flexibilidade para o enfrentamento de choques.