Depois de três anos em que as vendas registraram quedas seguidas, o mercado de carros novos voltou a acelerar no Brasil. No primeiro semestre, as vendas cresceram 4,2% em relação ao mesmo período de 2016. A produção também aumentou: 2,24 milhões de unidades saíram das linhas de montagem em 2017, contra 1,74 milhão do ano passado. Uma alta de 28,5%, segundo dados da Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). “Em outubro foram comercializadas mais de 200 mil unidades, o que não acontecia desde 2014”, diz Antonio Megale, presidente da entidade. “A avaliação é muito positiva”, afirma. Animadas pelos bons números, as montadoras voltaram a investir. Novos modelos chegam às ruas com design arrojado, tecnologias que se traduzem em maior conforto e segurança, além de motores potentes e econômicos como nunca se viu. Para quem pensa trocar de carro, o cenário é favorável, seja do ponto de vista dos modelos, seja das condições de pagamento.

Do lado das montadoras, o que torna o momento particularmente bom é o avanço tecnológico. Itens antes exclusivos de veículos do segmento premium estão cada vez mais acessíveis e já fazem parte dos equipamentos de série até dos modelos mais populares, agora com recursos de conectividade que proporcionam maior comodidade ao usuário. Um dos segredos do sucesso do líder de vendas Ônix, da GM, é o fato de ele vir equipado com o sistema OnStar, que permite comandar funções do carro por meio de um aplicativo de celular, bloquear e localizar o automóvel em caso de roubo, receber orientações de navegação assistida e até socorro em caso de acidente.

Satisfeita com a performance de vendas do modelo, a GM decidiu lançar também um novo SUV (sigla em inglês para utilitário esportivo) repleto de tecnologia, o Equinox. “É o SUV de maior sucesso da Chevrolet no mundo e chega ao Brasil como o modelo mais completo, espaçoso e potente da sua faixa de preço”, afirma Hemann Mahnke, diretor de marketing da General Motors.

A faixa de preço na qual se enquadra o Equinox é uma das que têm atraído mais consumidores. “Desde o início do ano, já comercializamos mais de 10 mil automóveis, o que reflete em um crescimento de 17%”, afirma Holger Marquardt, diretor-geral de Vendas de Automóveis da Mercedes-Benz para a América Latina e Caribe. Entre os modelos da marca mais vendidos no mercado nacional estão o sedã C 180, na faixa de R$ 178 mil, e o SUV compacto GLA, com preços partir de R$ 158 mil. Ambos são produzidos na fábrica em Iracemápolis, no interior de São Paulo. Na quinta-feira 16, a médica Karen Kito, 29 anos, tirou de uma concessionária em São Paulo seu primeiro Mercedes C 180 Avantgarde. “Fiz a escolha pelo design do interior e pelo motor turbo. Curto os carros potentes”, afirma.

Outra vantagem atual é a facilidade na obtenção de crédito. Após as seguidas reduções na Selic (a taxa de juros básica da economia, hoje em 7,5% ao ano), os bancos também puderam reduzir suas taxas para financiar um carro zero. Hoje é possível pagar 1,19% ao mês de juros — a metade do que era cobrado em setembro de 2016, então em 2,36% mensais. Além disso, os bancos desenvolveram aplicativos que eliminam a burocracia no momento de liberar o dinheiro para quem quer um carro novo. Dependendo do perfil do cliente, a aprovação leva apenas cinco minutos. O Banco do Brasil espera fechar 2017 superando a marca de R$ 1 bilhão em créditos concedidos para a compra de veículos apenas por meio de seu aplicativo para celular.

Confiantes, as montadoras sinalizam com novos investimentos em suas fábricas no País. A GM prevê injetar R$ 13 bilhões em suas três unidades industriais no Brasil até 2020. No mesmo período, a Volkswagen irá investir R$ 7 bilhões em desenvolvimento e lançamentos de 20 novos produtos, dos quais 13 serão fabricados no País. Entre eles está o sedã Virtus, que integra recém-lançada família do novo Polo e chega às lojas em janeiro. Com tantos lançamentos e com uma concorrência cada vez mais acirrada entre as montadoras, a hora de comprar é agora.

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“Em outubro foram comercializadas mais de 200 mil unidades, o que não acontecia desde 2014”
Antonio Megale, presidente da Anfavea


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