É hora de ficar mais rico do que nunca, diz Trump a investidores

NOVA YORK, 4 ABR (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (4), aos investidores que colocam dinheiro no país, que esta é a hora de “ficar mais rico do que nunca”.   

A declaração é dada dois dias após o republicano anunciar tarifas de 10% a 50% sobre as importações vindas da maioria dos países do mundo, dando início a uma nova guerra comercial.   

“Aos muitos investidores vindo aos EUA e investindo enormes quantidades de dinheiro, minhas políticas nunca mudarão. Este é um ótimo momento para ficar rico, mais rico do que nunca antes”, escreveu Trump na sua plataforma Truth Social.   

A afirmação do líder norte-americano chega em meio às quedas fortes e generalizadas registradas pelos mercados financeiros, incluindo a Bolsa de Milão, depois do “tarifaço” de Trump e da retaliação da China.   

Reações – Hoje, diversos líderes mundiais voltaram a criticar o anúncio feito pelo republicano. Inclusive, o ex-presidente dos EUA Barack Obama afirmou que as tarifas “não serão boas para a América”.   

“É inimaginável que os mesmos partidos que agora estão em silêncio tenham tolerado esse tipo de comportamento de mim ou de muitos dos meus antecessores”, enfatizou o democrata, questionando se ele tivesse feito algo assim durante seu mandato.   

Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, disse que é preciso “trabalhar com os americanos em nível europeu para chegar a uma redução”. “Espero que possamos chegar a uma redução pela metade, ou seja, chegar a apenas 10% de aumento nas taxas”.   

O ministro da Economia da França, Eric Lombard, pediu às empresas do país que demonstrem “patriotismo” diante das pesadas tarifas anunciadas por Trump.   

“Apelamos ao patriotismo”, disse à BFM TV, acrescentando que “está claro que se uma grande empresa francesa concordasse em abrir uma fábrica nos Estados Unidos, isso significaria dar aos americanos uma vantagem”.   

Por outro lado, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, alertou que a “economia global está atualmente em turbulência” e, mesmo que a Rússia não seja afetada, ela deve permanecer muito cuidadosa para “minimizar o impacto negativo” que a decisão de Washington pode ter em sua economia.   

“Moscou terá que fazer esforços adicionais contra o pano de fundo da turbulência que está sendo vivenciada atualmente para garantir sua estabilidade econômica”, acrescentou o russo, citado pela Interfax. (ANSA).