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Esta sexta-feira é um dia especial para Lula e para a política brasileira. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizará sessão extraordinária nesta tarde para decidir se Lula pode ou não pode participar do horário eleitoral gratuito no rádio e TV, para presidente da República, que vai ao ar de amanhã até o próximo dia 4 de outubro. A tendência é dos ministros proibirem que Lula participe da propaganda gratuita, embora seus advogados digam que ele deve ser mantida na TV enquanto a Justiça não der a palavra final sobre a elegibilidade da candidatura do petista.

Por isso, os ministros do TSE podem decidir também hoje se consideram Lula inelegível, tirando-o do páreo presidencial de uma vez por todas. Isso vai depender do ministro Luis Roberto Barroso, vice-presidente do TSE, que está com o processo da inelegibilidade de Lula nas mãos. A candidatura do petistas recebeu 16 pedidos de impugnação, sempre com base no fato de Lula ter sido condenado em segunda instância por corrupção e como tal é infrator da Lei de Ficha Limpa, que não permite a candidatura de nenhum condenado em segunda instância. Essa lei foi assinada pelo próprio Lula quando ele era presidente da República em 2010. Foi intoxicado pelo próprio veneno.

Como Barroso recebeu a defesa dos advogados de Lula ontem à noite, pode ser que hoje ele já tenha condições de dar o parecer sobre a inelegibilidade do petista. O correto seria ele decidir pela inelegibilidade de Lula ainda hoje, para se evitar que o petista fique na TV e até tenha seu nome lançado nas urnas eletrônicas. Isso seria de um desserviço enorme para a democracia brasileira. O pior é que Lula pode continuar ingressando na Justiça para manter essa candidatura ilegal até depois das eleições. Assim, se por uma fatalidade do destino, Lula for o mais votado em outubro, pela lentidão da Justiça brasileira, ele vai acabar não sendo diplomado. E, dessa forma, o eleito será o segundo mais votado. Azar se for Jair Bolsonaro. Nesse caso, Lula terá cometido mais uma insanidade: elegerá o renegado Bolsonaro, o mais nocivo representante da direita atrasada, da qual o brasileiro quer distância.