Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é colunista da revista Isto É. Começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de todas as capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Apresenta o programa de entrevistas "Líderes em Destaque" na Band Rio. Assina a coluna com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo.

É guerra: após decisão de Dino, Congresso barra crédito extra de R$ 1 bi ao Judiciário

Divulgaçã/STF
Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino Foto: Divulgaçã/STF

Menos de duas horas após a canetada do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu o pagamento das emendas parlamentares no Congresso Nacional, os deputados e senadores entenderam a decisão como retaliação ao pedido de impeachment protocolado na Câmara contra o ministro Alexandre de Moraes (STF) e declararam guerra.

Em trocas de telefonemas e mensagens por WhatsApp na última hora, nesta noite de quarta-feira (14), os membros da Comissão Mista de Orçamento fizeram uma reunião extraordinária de emergência e acabam de rejeitar a MPV 1238/2024, que abria crédito extraordinário de mais de R$ 1 bilhão ao Poder Judiciário.

O valor previsto na MP 1238/2024 é de exatos R$ 1.348.356.276,00. O lobby do Judiciário é forte neste tema. Na reunião da CMO, o deputado Cláudio Cajado criticou a decisão do Governo em enviar MP para reajuste salarial do judiciário.

Brasília vai dormir hoje em meio a essa guerra em que nem todos estão envolvidos. Pagam o preço os ministros, juízes e desembargadores por uma decisão monocrática do ministro Dino, que será ainda levada ao plenário para aprovação. Pagam também o preço os senadores e deputados que não endossaram o protocolo de pedido de impeachment de Moraes – a levar em conta uma decisão supostamente política de Dino em defesa do colega togado.

Mais cedo, Dino saiu em defesa de Moraes, citado em reportagens da Folha de S.Paulo sobre atropelos do rito processual no STF e TSE em busca de provas para cercar políticos bolsonaristas nos inquéritos que coordena na Corte.