Ele já foi deputado estadual, federal, vice-governador, senador e atualmente ocupa o cargo de governador do estado do Espírito Santo. Com a experiência de tantos anos na política, Renato Casagrande é cotado, agora, por lideranças do seu partido PSB, para disputar a cadeira de presidente da República.

Na tarde de terça-feira (23), ele foi o entrevistado da live de IstoÉ. Na conversa com o Germano de Oliveira, diretor de redação da revista, Casagrande falou do situação econômica, na qual perdeu mais de R$ 3 bilhões de receita este ano, da área de saúde em tempos de pandemia e da política nacional.

“O comportamento e as atitudes de Bolsonaro dificulta o trabalho dos governadores”, disse.

Engenheiro agrônomo e advogado, o governador e a primeira-dama, Maria Virgínia Casagrande, testaram positivo para Covid-19, ele frisou na entrevista que o governo federal tomou algumas medidas importantes no enfrentamento a pandemia, como a ajuda aos estados e o auxílio emergencial de R$ 600.

“Importantes decisões que não têm nenhuma sintonia com o comportamento pessoal do presidente”, avalia. “O comportamento e as atitudes de Bolsonaro dificultam o trabalho dos governadores”, crítica.

“O presidente da República estabeleceu uma disputa entre as pessoas que estavam buscando o isolamento, menosprezando a pandemia e expondo muitas pessoas. A imagem do presidente e do Brasil ficou arranhada pela forma como o presidente Jair Bolsonaro enfrentou ou deixou de enfrentar a doença”, disse.

Os impactos da pandemia ao lado de outra crise, a dos preços baixos do petróleo, afetou duramente as receitas dos cofres capixabas.

“Uma redução de R$ 1 bilhão das receitas neste ano”, revela. “Estamos trabalhando de todas as formas para manter a gestão fiscal eficiente, trabalhando a retomada na área econômica e algumas linhas de investimento em tecnologias”, conta.

No cenário nacional, Casagrande avalia que a crise política e a realidade estão se impondo e o presidente está abrindo os olhos para necessidade do diálogo com o Congresso Nacional. A favor de uma ampla aliança nacional para defender a democracia e os rumos do país, Renato Casagrande avalia que os políticos devem construir a alternativa para se ter no País um projeto equilibrado de poder.

“Acima dos nomes, o PSB precisa ajudar a construir uma aliança ampla. É fundamental que a gente possa fugir dos extremos e apresentar alternativas que representem a maioria da população na eleição de 2022”, conclui.