Questionado sobre o tempo que possivelmente levará para a ação da companhia se recuperar, o presidente de um dos principais acionistas da BRF, o Petros, Walter Mendes, se limitou a dizer que trata-se de algo difícil de antecipar. “O tempo de recuperação da ação, não sei, terá de ser avaliado pelo management. E dependerá das condições de mercado, de variáveis, como preços. É difícil antecipar”, respondeu. “Internacionalmente, a BRF tem muito potencial.”

Durante teleconferência com a imprensa realizada pelos fundos Petros e Previ, Mendes disse ainda que o seu objetivo é “obter upside (valorização da ação)”. Ele também disse que o Petros não tem intenção de sair da empresa, que é “competitiva”. O mesmo foi dito por Gueitiro Genso, presidente do Previ. “Não pretendemos sair da BRF no curto prazo. Queremos alta ênfase na BRF.”

Lembrando da estratégia de longo prazo do fundo, Genso destacou que a BRF é uma empresa do setor de alimentos. “Alimentos, em qualquer lugar do mundo, quando se olha para o futuro, há uma enorme necessidade, um potencial de resultados”, afirmou.

Os fundos afirmaram que estão muito otimistas com a BRF.

Mendes disse que o novo conselho de administração da empresa de alimentos precisará trabalhar intensamente para chegar a um diagnóstico de todos os problemas. “Conhecendo Pedro Parente como conheço, sei que vai se dedicar intensamente. A necessidade hoje da BRF é de dedicação bastante grande”, disse, ao acrescentar que agora o conselho está unido. Genso, por sua vez, disse que Pedro Parente é um nome que pacifica.