E-commerce vira maior armadilha para golpes virtuais, alerta especialista Gabriel Silva

E-commerce vira maior armadilha para golpes virtuais, alerta especialista Gabriel Silva

 

Metade dos consumidores digitais já caiu em algum tipo de golpe em lojas virtuais, segundo pesquisa do Mercado e Consumo, em 2022. Isso significa que “o golpe do e-commerce”, como tem sido chamado na internet, não é só cada vez mais comum como também é mais convincente a cada dia que passa.

Às vezes, uma letrinha na URL ou código fonte do site, é que podem denunciar a fraude, mas raramente o consumidor padrão consegue identificar esse tipo de irregularidade, o que faz o índice dos prejuízos só piorar.

Para o empresário Gabriel Silva, que há anos investe no dropshipping (loja sem estoque na internet), a modalidade de vender produtos sem ter um estoque, diretamente da fábrica, é um dos alvos que golpistas andam usando para ganharem dinheiro de forma ilícita na web.

“É um tema polêmico, mas é verdade. Muito dropshipping é gerado por pessoas de má fé, que usam o negócio para ganhar dinheiro de forma suja”, reitera.

De acordo com o jovem, nesse tipo de situação é comum o consumidor fazer o pedido, ele ser processado normalmente e, em seguida, o produto nunca ser entregue. “Essa cultura de fretes demorados ainda piora o cenário, porque as pessoas normalizam a demora. Quando vão ver, que dão falta do produto ou estão contando com ele para alguma coisa, percebem que, na verdade, foram vítimas de golpes”, realiza.

Gabriel também detalha que muitos empreendedores que se vendem como verdadeiros cases de sucesso da vida real, na verdade, enriquecem dessa forma.

“Nós já tivemos escândalos envolvendo grandes nomes do e-commerce, às vezes, até de pessoas que nem são as donas diretamente do negócio, mas funcionários do alto escalão. E diretoria também, afinal nós já vimos denúncias de empresas gigantes e até internacionais que envolvem os proprietários das marcas, o que detona a fama do mercado”, lamenta.

Segundo o empreendedor, uma das saídas é pesquisar sobre a loja e ver se não há registro de reclamações em órgãos de regulação, como o Procon.

“O consumidor tem que estar atento aos menores pormenores, detalhes pequenos dos boletos, das formas de pagamento, do layout do site, da navegação… Porque, às vezes, uma coisa mínima é que pode denunciar o esquema de fraude. E, é claro, pesquisar sobre o histórico daquela loja, marca ou empresa”, conclui.