Nos dias atuais em que algumas figuras da elite política que comandam o Brasil no Palácio do Planalto insistem em enaltecer torturadores dos porões da ditadura militar e até negam que houve um golpe no Brasil em 1964, é saudável, sobretudo para as novas gerações, falar-se de Vladimir Herzog. É isso que o Itaú Cultural faz a partir dessa quarta-feira 14. O jornalista Vlado foi assassinado em outubro de 1975, nas dependências do DOI-Codi de São Paulo, onde compareceu para prestar depoimentos sobre a sua participação no Partido Comunista – se alguém inventar a lorota de que ele foi morto por companheiros do partido, é bom lembrar que a Justiça condenou a União nesse caso. O maravilhoso da “Ocupação Vladimir Herzog” é que ela exibe uma de suas grandes paixões, atividade pouco conhecida dos brasileiros: Vlado como autor de produção cinematográfica e documentarista, também nessa área exibindo a preocupação com uma sociedade que se tornasse mais justa. Quando foi morto, ele trabalhava em um projeto que retrataria Antônio Conselheiro. Há também um áudio sobre uma peça de teatro registrando a voz do jornalista que atuou como ator. Essa é a 46ª mostra da série “Ocupação”. O Itaú Cultural se localiza na Avenida Paulista 149. A mostra estará aberta de terça-feira a sexta-feira, das 9 horas às 20 horas. Aos sábados e domingos: das 11 horas às 20 horas.