O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, negou que o governo esteja preparando um pacote de medidas para enfrentar a crise econômica. “Nós não estamos preparando pacote nenhum. O que temos são ações de governo, que já implementou várias medidas”, afirmou Oliveira, contrariando a expectativa do mercado que aguardava o anúncio de um pacote pela equipe econômica.

Como exemplo de medidas que estão sendo tomadas para retomar a economia, ele citou a revisão da regulamentação do setor de petróleo para atrair investidores. O Ministério de Minas e Energia prepara novos leilões de áreas exploratórias e de pré-sal em condições mais favoráveis aos investidores, e ainda estuda flexibilizar regras de contratação de produtos e serviços nacionais pelas petroleiras.

Oliveira citou ainda a privatização da distribuidora de energia de Goiás, Celg, na semana passada e a aprovação de proposta “que facilita investimento na área de telecomunicações”. “Há um conjunto de ações e daremos sequências a elas”, complementou.

Ele informou que será realizada nesta segunda-feira, 5, em Brasília, uma reunião sobre reforma da Previdência, mas disse também que não há pressa em aprová-la. “O que há é o senso da importância de fazer a reforma da Previdência. Temos certeza de que o Congresso também terá o senso da relevância disso para estabilizar o País”, afirmou.

Segundo o ministro, “2017 será um longo ano”, mas o governo terá tempo para trabalhar na recuperação da economia, como afirmou após participar de seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Durante sua palestra, destacou a importância da disciplina fiscal, “que é dura e difícil”, para a retomada, ao lado da revisão meticulosa de programas do governo federal e da parceria com a iniciativa privada.

“O País enfrenta grandes desafios. Nossos problemas são de ordem interna e temos os elementos para superar. O primeiro passo é a disciplina e a transparência fiscal. O governo tem elementos importantes, como a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que limita os gastos; o início do processo da reforma da previdência e, da nossa (ministério do Planejamento) parte, um processo detalhado e profundo das despesas públicas do governo federal”, afirmou Dyogo Oliveira.

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Na posição de ministro interino, Oliveira não quis comentar sua possível efetivação que deve ser definida pelo presidente Michel Temer.


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