O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, admitiu durante seu discurso que não deverá fazer grandes mudanças em relação às ações em andamento na instituição. Ele afirmou, durante seu discurso de posse, que o BNDES tem como meta fazer parcerias com o setor privado para desenvolver bons projetos, com transparência e com o objetivo de alavancar a economia brasileira.

Dyogo reafirmou que o papel do BNDES não é concorrer com os bancos privados, mas sim fazer parcerias, como disse em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, nesta segunda-feira.

“A reclamação que eu recebo é que faltam projetos, demoram a ficar prontos, demoram a ser leiloados. Taí o papel do BNDES, desenvolver os projetos. O BNDES tem as melhores pessoas do Brasil para desenvolver esses projetos, essas ações”, avaliou Dyogo. “O BNDES era também o promotor do mercado financeiro e de capitais de longo prazo”, completou.

Ele ressaltou que um dos papéis importantes do banco é financiar a infraestrutura do Brasil, e para isso também é preciso modernizar os instrumentos disponíveis. Dyogo sinalizou que dará continuidade às mudanças já implantadas pelas gestões anteriores. “O banco está focado no processo de identificação de empresas para serem alavancadas. É isso que vamos alavancar, um banco proativo para ajudar a crescer o Brasil”, continuou.

Ciclo de crescimento

O novo presidente do BNDES disse também que o País vive um novo ciclo de crescimento, que deverá durar de 10 a 12 anos e no qual o banco terá papel crucial.

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“A história lhe fará justiça, presidente. Fizemos quantidade enorme de ações que melhoraram o funcionamento da economia e o aumento da produtividade”, disse Dyogo, na cerimônia que, além do presidente Michel Temer, contou com a presença dos também presidenciáveis Henrique Meirelles e Paulo Rabello de Castro. “Dar continuidade às reformas e a uma gestão transparente é fundamental para que isso aconteça”, completou.

O novo presidente do BNDES, que deixou o ministério do Planejamento para assumir o cargo, agradeceu ao presidente Temer pela oportunidade de conduzir o banco nesse momento. Destacou a importância da antiga pasta, mas se disse honrado pela tarefa de conduzir o BNDES em momento crucial de sua história e da história do Brasil.

Segundo ele, o banco terá que se reinventar e contará com alternativas de financiamento e parceria do mercado financeiro e com o interesse gestores, fundos de pensão e bancos “ávidos por oportunidades que ofereçam mais rentabilidade”. “Na era de juros baixos, o BNDES será diferente. Não será nem maior nem menor, será diferente”, disse.

De acordo com Dyogo Oliveira, o BNDES passará a tratar aqueles que batem à sua porta não como beneficiários, mas como clientes. O banco também não será mais o único financiador de infraestrutura, como costumava ser. “O BNDES será mais forte, mais ágil, mais flexível, mais adaptável à necessidade do cliente”, completou.


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