Venezuela

Uma série de manifestações populares voltaram a agitar a Venezuela na semana passada — os protestos foram, dia a dia, intensificando-se em dezessete dos vinte e três estados. O alvo principal segue sendo a ditadura de Nicolás Maduro, mas as palavras de ordem se tornam cada vez mais amplas, mostrando que o país está de fato à beira de uma convulsão social que finalmente poderá derrubar o establishment que se apoderou de forma patrimonialista do poder: protesta-se contra a falta de água, eletricidade, combustível e alimentos. Um dos fatores prevalentes que levou a população para às ruas é a precariedade do serviço hospitalar e o descaso em relação à pandemia do novo coronavírus. “Estamos vivendo, em média, vinte e cinco manifestações por dia. É um movimento muito intenso em todo território”, declarou Marco Antonio Ponde, diretor do Observatório Venezuelano de Conflitividade Social.

 

De quem é o ouro?

REUTERS / Manaure Quintero

A Justiça britânica modificou uma decisão que ela própria tomara anteriormente. As trinta toneladas de ouro depositadas no Banco da Inglaterra, que servem como lastro do governo venezuelano, até então só podiam ser acessadas pelo autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó (foto). Agora, Nicolás Maduro também tem acesso a elas. Até uma decisão final, o ouro fica sob a guarda da Inglaterra.

 

Covid-19

Ciência em alta

Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz em todo o País: 97,3% dos entrevistados se dizem convictos de que o novo coronavírus se tornará curável pela medicina. Isso ocorrerá rapidamente? 45,3% dos brasileiros acreditam que a solução virá em breve, enquanto 52% consideram que a demora será grande. A população, acertadamente, valoriza os cientistas: não mais que 2,6% disseram que eles não conseguirão encontrar um meio de cura. Mais: 56,8% afirmaram que a Fundação Oswaldo Cruz é a mais importante e séria instituição de pesquisa no Brasil. Em segundo lugar ficou o IBGE com 11,4%. O estudo cresce em importância na medida em que vivemos em um País onde o mandatário máximo e muitos de seus “acepipes” desprezam o conhecimento científico em nome da ideologia.

 

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Cultura

O musical sobre Getúlio Vargas e o samba de Wilson Batista

“Nas ondas de Vargas” será um dos maiores (e, com certeza, um dos melhores) musicais já feitos no Brasil. Está prevista a estreia, se o vírus deixar, para o início de 2021. A história sai das privilegiadas cabeças pensantes da historiadora Rosa Maria Araújo, do jornalista Sérgio Cabral e do pesquisador Pedro Paulo Malta. Conta a jornada do getulismo de 1930 a 1954. Destaque para os versos que o inesquecível sambista Wilson Batista fez em homenagem ao presidente Getúlio Vargas em plena ditadura do Estado Novo: “O bonde São Januário, leva mais um operário, sou eu que vou trabalhar”. Os democratas, na época, não perderam tempo e deram nova versão: “O bonde São Januário, leva mais um grande otário, pra ver o Vasco apanhar”.

 

Prêmio

As chances de Raoni para ganhar o Nobel da Paz

Divulgação

Está agendada para essa sexta-feira 9 o anúncio do ganhador do Prêmio Nobel da Paz. São três os favoritos em pé de igualdade. O cacique kayapó brasileiro Raoni Metuktire (foto) pela sua incansável luta em defesa do meio ambiente e povos indígenas, a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, e a Organização Mundial da Saúde, enquanto entidade na luta contra a Covid-19. A favor de Raoni, merecidamente, já havia na manhã da quinta-feira setenta e cinco mil apoiadores em uma plataforma digital que engloba Brasil, EUA, França e Alemanha. Se ganhar, será ele o primeiro brasileiro laureado com o Nobel da Paz.


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