A libra chegou a avançar mais cedo nesta terça-feira, 11, porém atingiu mínimas em 20 meses à tarde, em meio a dúvidas sobre a viabilidade do acordo para o Reino Unido deixar a União Europeia, o chamado Brexit. O enfraquecimento da libra ainda contribuiu para fortalecer o dólar, que subiu ante moedas fortes em geral, mas não teve sinal único em relação às divisas de países emergentes e ligados a commodities.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 113,40 ienes, o euro recuava a US$ 1,1319 e a libra tinha queda para US$ 1,2485.

A premiê britânica, Theresa May, iniciou uma viagem por alguns países do continente, em um esforço para encontrar líderes e conseguir deles mais garantias sobre a questão da fronteira entre as Irlandas. Esse ponto é crucial para que ela obtenha os votos suficientes no Parlamento londrino a favor do acordo já fechado entre o governo May e Bruxelas. As autoridades europeias têm se mostrado dispostas a colaborar, mas ressaltado que não haverá renegociação nos termos da saída do país do bloco.

Além disso, há notícias na imprensa britânica sobre a possibilidade de que May acabe por sofrer uma moção de censura, que poderia ser apoiada inclusive por legisladores do Partido Conservador, o mesmo da premiê. O risco gerou mais dúvidas sobre o cenário para o Brexit e enfraqueceu a libra.

O movimento na moeda ajudou a apoiar o dólar à tarde. A moeda americana subiu diante de outras divisas fortes, mas não teve sinal único em relação às de países emergentes e ligados a commodities. O dólar mostrou mais fôlego após o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, que subiu 0,1% em novembro na comparação com outubro, contrariando a previsão de queda de 0,1% dos analistas.