Duplo revés para separatista Puigdemont para presidir Catalunha

Duplo revés para separatista Puigdemont para presidir Catalunha

As aspirações do separatista Carles Puigdemont para ser escolhido presidente da Catalunha sofreram nesta quinta-feira (26) um duplo revés jurídico, com a suspensão cautelar de sua candidatura e o veredicto desfavorável a uma lei para poder empossá-lo à distância.

O Tribunal Constitucional espanhol anunciou nesta quinta a admissão do trâmite de um antigo recurso do governo central para impedir a posse à distância de Puigdemont – que está na Alemanha à espera de um processo de extradição – e suspender cautelarmente uma possível eleição do líder independentista como presidente.

Além disso, um órgão consultivo do Parlamento catalão, encarregado de analisar a adequação das novas leis ao marco legal vigente, considerou ilegal modificar o regulamento da Câmara para permitir uma posse sem a presença do candidato, como querem aprovar os partidos independentistas na próxima semana.

Os dois veredictos dificultam ainda mais um retorno de Puigdemont à presidência regional.

Em janeiro, Puigdemont foi indicado como candidato à presidência depois que as forças independentistas ganharam a maioria absoluta nas eleições regionais de dezembro e sua formação foi a mais votada dentro do bloco.

Entretanto, o Tribunal Constitucional impediu sua eleição se antes não se entregasse à Justiça espanhola, que o acusa de rebelião e sedição, e ele terminou renunciando para facilitar a formação de um governo.

Mas os outros dois candidatos designados pelos separatistas tampouco puderam ser escolhidos, já que ambos estão presos, a região continua sem governo e está controlada por Madri.

Nas últimas semanas, especialmente depois da prisão de Puigdemont na Alemanha, seu nome voltou a ganhar força enquanto se esgota o prazo para evitar novas eleições, que deverão ser convocadas em 22 de maio se não escolherem um novo presidente.