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Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira, 19, revela uma sobrecarga de trabalho para crianças e adolescentes no Brasil. Segundo o levantamento, 77,5% daqueles em situação de trabalho infantil também realizam afazeres domésticos ou cuidam de pessoas, configurando uma dupla jornada.
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A sobrecarga fica clara ao comparar os grupos. Entre os jovens de 5 a 17 anos que exerciam alguma atividade econômica ilegalmente, 74% também eram responsáveis por afazeres domésticos ou cuidados. Já entre aqueles que não estavam trabalhando, a proporção era significativamente menor, de 53,3%.
Ao todo, o Brasil tinha 1,650 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil em 2024. São 34 mil jovens a mais nessa condição na comparação com 2023, uma variação de 2,1%. Apesar desse aumento, entre 2016 e 2024 houve queda de 21,4%.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho infantil é aquele que é perigoso e prejudicial para a saúde e o desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças e que interfere na sua escolarização.