Duda Reis falou sobre a decisão de abrir o Instituto Survivor, um centro de apoio a vítimas de violência doméstica. O projeto esteve em desenvolvimento desde junho, meses depois dela denunciar o ex-noivo Nego do Borel por crimes como estupro de vulnerável, lesão corporal, injúria e ameaça. Em conversa com a Quem, a influenciadora falou sobre o projeto.

“A gente libera perdão e consegue a cura achando propósito e curando as pessoas. Meu papel principal é usar a minha voz para para mostrar que infelizmente a violência doméstica é comum em qualquer lugar do mundo, e todo mundo pode ter algum familiar ou conhecido que passa por isso. Nada melhor do que ser um exemplo de superação mostrar que é possível voltar a viver e se reestruturar”, diz ela, que criou o Survivor com sua advogada Izabella Borges.

À frente do projeto, Duda diz que o autoconhecimento a ajudou a se livrar do pensamento sobre como a sociedade a enxergaria após os episódios de violência doméstica.

“Lidar com angústia é muito ruim, e a gente também é ensinado a não se sentir assim porque faz a gente refletir, e a sociedade não quer que a mulher pense. Nesse meu processo de ressignificação, em que fiz muita análise, yoga e li muitos livros para entender meu feminino, foi um processo bem difícil. A sociedade é sempre muito machista, e a mulher vai sempre ser taxada de louca independentemente de qualquer coisa. Mesmo se tiver um vídeo, as pessoas vão duvidar, enquanto o abusador é tido como rei. Quando eu entendi que eu poderia fazer a mudança acontecer na vida de outras pessoas, a chave virou para mim. E salvar vidas, meu Deus, é um privilégio. É salvar vidas, mesmo, porque o fim disso tudo é o feminicídio”, reflete.


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