Pelo menos duas embarcações, um navio e um rebocador, estão envolvidas no grave derramamento de petróleo que levou à declaração de estado de emergência em Trinidad e Tobago, informou o governo do país caribenho nesta quarta-feira (14).

Investigações da Guarda Costeira de Trinidad e Tobago “revelaram que os barcos pareciam ter como destino a Guiana”, segundo um comunicado do Ministério da Segurança Nacional.

“As autoridades guianenses confirmaram que nenhuma das embarcações chegou como planejado. Até o momento, não se sabe se houve perdas de vidas no incidente”, acrescenta.

Inicialmente, foi relatado que um petroleiro identificado com o nome “Gulfstream” havia virado na costa sudeste da ilha de Tobago há uma semana, sem detalhes sobre o destino de sua tripulação.

O comunicado desta quarta-feira afirma que esse navio estava sendo levado por um rebocador vindo do Panamá, o “Solo Creed”, em direção à Guiana.

“As imagens de satélite mostram o Solo Creed rebocando um objeto em 4 de fevereiro de 2024. O Centro Nacional de Radar de Vigilância Costeira (NCSRC) pôde usar essas informações para rastrear o rebocador nas águas de Trinidad e Tobago”, indica.

O NCSRC perdeu contato por radar com ambas as embarcações.

“Estamos trabalhando muito de perto com a Guarda Costeira da Guiana nesse assunto crítico e agradecemos seu apoio”, disse o ministro de Segurança Nacional de Trinidad e Tobago, Fitzgerald Hinds, citado no documento.

A Comunidade do Caribe (Caricom), como parte da investigação aberta pelo vazamento, entrou em contato com as autoridades do Panamá e de Aruba para tentar confirmar a origem dos barcos.

A agência de gestão ambiental identificou danos ao recife e praias da costa atlântica, afetando os ecossistemas e o turismo, atividade crucial para Tobago, ilha gêmea de Trinidad. Complexos turísticos e hotéis foram prejudicados em plena temporada de Carnaval.

Mais de 1.000 voluntários estão participando das operações de limpeza.

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