Duas meninas brasileiras foram vítimas da guerra de facções pelo controle do narcotráfico na fronteira do Paraguai com o Brasil nas últimas semanas. Uma foi atingida por uma bala e perdeu parte do nariz. A outra foi morta a tiros ao lado do pai. As duas vítimas moravam do lado paraguaio da fronteira. As informações são do G1.

De acordo com o promotor paraguaio Marco Amarilla, as execuções são bastante parecidas e assustam os moradores da região causando um cenário de insegurança. “Geralmente os criminosos chegam até as vítimas de carro ou motocicletas. Premeditados, os atentados acontecem até mesmo a luz do dia e os tiros, que de comum são de fuzil ou pistolas, só param quando existe a certeza da morte”, explicou ao G1.

Conforme o delegado Alcides Braun, que atua em Ponta Porã, a maioria das execuções é feita com fuzil e conta com dois a quatro atiradores. Todos eles disparam ao mesmo tempo, o que dificulta a vítima sair com vida.

“Nesse caso, muitos projéteis se perdem e acabam atingido inocentes que geralmente não têm nenhuma ligação com o alvo da execução, como foi o caso das duas meninas recentemente atingidas por tiros de fuzil”, afirmou.

No último dia 20, Brenda Micaela Arguello González, de 6 anos, que mora em Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Morã (MS), foi atingida por uma bala perdida de fuzil e perdeu parte do nariz. Já na última sexta-feira (4), uma menina de 9 anos e seu pai, de 35, morreram após o carro da família ser atacado a tiros.