Dropshipping no Brasil deve movimentar quase US$ 900 bilhões até 2029

Ex-operador de usina, Gustavo Henrique transformou a rotina industrial em autonomia digital

Gustavo Henrique
Gustavo Henrique Foto: Reprodução

O comércio eletrônico vive uma expansão sem precedentes. Segundo a Statista, o mercado global de dropshipping, modelo em que o vendedor atua como intermediário entre o fornecedor e o cliente, sem manter estoque próprio, deve ultrapassar US$ 330 bilhões em 2025, chegando a quase US$ 900 bilhões até 2029.

No Brasil, o formato ganha força com a combinação de baixo custo de entrada, tecnologia acessível e popularização de plataformas digitais. De acordo com a ABComm, o país já soma mais de 2 milhões de lojas virtuais, e o dropshipping representa uma fatia cada vez mais relevante.

Para Gustavo Henrique, 31 anos, ex-operador de usina em Minas Gerais, o modelo significou uma virada de vida. Em 2019, ele criou sua primeira loja virtual e, em poucos meses, ultrapassou R$ 100 mil em faturamento. “Nunca pensei que fosse possível viver de um negócio online. Hoje entendo que é um caminho viável, mas exige estudo e constância”, diz.

Especialistas apontam que o formato é um dos principais vetores do empreendedorismo digital no país. Segundo Gustavo, o dropshipping “permite testar produtos e mercados com baixo investimento, o que atrai uma geração em busca de autonomia financeira”.

Setores como saúde, beleza, fitness e nutracêuticos estão entre os mais promissores. Ainda assim, desafios como logística, regulação e concorrência internacional exigem profissionalização e diferenciação de marca.

Mais do que uma tendência, o dropshipping já representa um novo modelo de negócio para o Brasil digital, que transforma trajetórias e redefine o que significa empreender.