COPENHAGUE, 23 SET (ANSA) – A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, definiu nesta terça-feira (23) a invasão de drones no espaço aéreo do aeroporto de Copenhague na noite de segunda (22) de “o mais sério ataque contra a infraestrutura dinamarquesa” e não descarta que a origem da ameaça seja russa.
A incursão, que também ocorreu na capital da Noruega, levou ao fechamento dos tráfegos aéreos locais durante horas. Moscou negou qualquer envolvimento.
Os drones não identificados nos aeroportos de Copenhague e Oslo causaram o desvio ou o cancelamento de dezenas de voos, prejudicando milhares de passageiros. Ambos foram reabertos nesta terça.
“Isso faz parte da escalada que observamos recentemente com outros ataques de drones, violações do espaço aéreo e ofensivas cibernéticas contra aeroportos europeus”, disse Frederiksen em um comunicado à AFP ao dizer que não descarta um envolvimento da Rússia no ocorrido, assim como aconteceu dias atrás na Polônia, na Romênia e na Estônia. Os governos dos países citaram acusaram Moscou de invadir seus territórios com drones, mas os russos minimizaram as alegações.
Hoje, mais uma vez, a Rússia negou qualquer envolvimento nos episódios na Dinamarca e na Noruega.
“Ouvimos acusações infundadas de lá [da premiê dinamarquesa] o tempo todo. Talvez um partido que assume uma posição séria e responsável não devesse fazer acusações tão infundadas repetidamente”, respondeu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov à imprensa sobre as queixas contra Moscou.
Para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), o governo de Vladimir Putin é o culpado pelo ocorrido em território dinamarquês e norueguês. Sobre isso, a Otan foi clara: “A Rússia tem total responsabilidade por essas ações, que são escalonadas, correm o risco de erros de cálculo e colocam vidas em risco. Elas precisam parar”, disseram os 32 Estados-membros do Tratado em um comunicado.
“Moscou não deve ter dúvidas: a Otan e seus aliados empregarão, de acordo com o direito internacional, todas as ferramentas militares e não militares necessárias para nos defender e dissuadir todas as ameaças de todas as direções”, finalizou a nota. (ANSA).