BEIRUTE, 26 AGO (ANSA) – No último final de semana, Israel foi acusado de “agressão” depois da queda de dois drones na periferia sul de Beirute, reduto do Hezbollah, movimento xiita apoiado pelo Irã.   

O presidente do Líbano, Michel Aoun, disse nesta segunda-feira (26) que os incidentes “são um ato de guerra” e podem aumentar as tensões na região. Segundo a imprensa do governo libanês, o mandatário informou ao enviado especial da ONU no país, Jan Kubis, que o Líbano encaminhou uma nota de reclamação ao Conselho de Segurança das Nações Unidas em resposta à agressão de Israel no sul de Beirute. “O Líbano reserva seu direito de defesa, uma vez que o ocorrido é como uma declaração de guerra que nos dá o direito de defender nossa soberania e independência”, acrescenta o comunicado. De acordo com relatos à imprensa, a queda dos drones ocorreu algumas horas depois de três ataques israelenses na vizinha Síria. A ofensiva atingiu a fronteira do Líbano com o território sírio, ao leste da cidade de Zahle, informou a TV libanesa Na-Nahar. Os militares israelenses afirmaram que suas aeronaves atingiram as forças iranianas e milícias xiitas perto da capital síria, Damasco, que planejava lançar “drones assassinos” em Israel. O monitor de guerra do Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que pelo menos três pessoas morreram, sendo dois membros do Hezbollah e um iraniano.   

Ontem (25), o líder do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, já havia afirmado que a queda dos dois drones era um “movimento muito perigoso”. (ANSA)