ROMA, 16 FEV (ANSA) – O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, enfrentará nesta quarta-feira (17) o Senado para a votação de confiança de seu projeto de governo.   

Segundo parlamentares, a sessão no Palazzo Madama terá início por volta das 22h (horário local).   

Na parte da manhã, às 10h, Draghi fará suas declarações programáticas e, em seguida, entregará o texto. Logo depois, às 12h30, o debate no Senado será retomado.   

Na ocasião, os senadores vão discutir as propostas do novo governo e a fazer intervenções. Na sequência, o premiê poderá fazer uma réplica, antes dos parlamentares irem para a votação.   

Draghi fez juramento formal no último sábado (13) como primeiro-ministro da Itália, após semanas de instabilidade na terceira economia da zona do euro.   

O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) ocupa o lugar de Giuseppe Conte, depois de conseguir o apoio de quase todos os partidos políticos para formar um governo na tentativa de tirar o país das crises sanitária e econômica.   

Entre as legendas estão o populista Movimento 5 Estrelas (M5S), o de centro-esquerda Partido Democrático (PD), o centrista Itália Viva (IV), o conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, e a sigla de extrema direita Liga.   

Hoje, inclusive, na véspera do voto de confiança, os senadores de três grupos parlamentares – M5S, PD e coalizão Livres e Iguais (LeU) – anunciaram a constituição de um intergrupo parlamentar para promover iniciativas comuns sobre os grandes desafios da Itália, desde as emergências sanitária, econômica e social à transição ecológica e inovação digital.   

“Com este espírito, a partir de amanhã estaremos juntos para relançar e reconstruir nosso país”, afirmou em nota conjunta os dirigentes dos grupos no Senado do M5S, Ettore Licheri, do PD, Andrea Marcucci, e do LeU, Loredana De Petris.   

Para Conte, “a iniciativa anunciada pelos dirigentes dos grupos no Senado do M5S-Pd-Leu de constituir um intergrupo parlamentar para promover iniciativas que relancem a experiência positiva de governo que acaba de terminar é acertada e adequada”.   

“Nesta fase, é ainda mais necessária a construção de espaços e caminhos de reflexão que valorizem o trabalho comum já realizado e contribuam para orientar a mudança ecológica e digital e as reformas da eficiência da Administração Pública e da Justiça no sinal de maior equidade e inclusão social”, acrescentou o ex-premiê.   

A decisão sobre o grupo também foi celebrada pelo ministro da Saúde, Roberto Speranza, que afirmou que “indica o caminho certo para cultivar uma ideia de país que coloca a defesa dos bens públicos fundamentais no centro”. (ANSA)