O executivo de futebol do Santos, Edu Dracena, publicou uma nota de esclarecimento e pediu desculpas depois do árbitro Leandro Pedro Vuaden relatar ofensas do executivo na súmula do clássico contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Brasileiro nesta segunda-feira. O Peixe perdeu por 2 a 1, com o gol da vitória são-paulina sendo marcada pelo VAR.

A equipe santista reclama que no lance que antecedeu o pênalti houve um erro de Leandro Vuaden. Marcos Leonardo e Alisson disputaram a bola e, antes dela sair, o jogador do São Paulo tenta segurar a bola. Arbitragem marcou lateral contra o Peixe, na sequência, surge a penalidade.

Veja a nota de esclarecimento de Edu Dracena:

Nesta segunda-feira (2), Santos e São Paulo fizeram um clássico disputado que terminou manchado. A atuação do árbitro em dois lances decisivos – o lateral que originou o pênalti contra o Santos e a não marcação de uma penalidade máxima nos acréscimos, que sequer foi checada pelo juiz no VAR – amplificaram a nossa indignação. Porque não foram os primeiros erros.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

Nas últimas semanas, contabilizamos pênalti claro contra o Fluminense não apitado, pênalti inacreditável apitado contra o Santos diante do Coritiba, pênalti claríssimo não apitado contra o Coritiba, na Copa do Brasil, e os lances que culminaram com a derrota de ontem. Pontos preciosos para um Clube que está em fase de reestruturação financeira, apostando em uma gestão responsável e equilibrada, e que diante de todos os prognósticos da imprensa, estava disputando a liderança do Campeonato Brasileiro.

Os erros se sucedem de maneira dramática contra o Santos, somos cobrados pela torcida e pelos próprios atletas e nos perguntamos: por que as interpretações são sempre contra nós? A regra pode não ser clara, mas a interpretação precisa ser uniforme. As regras do jogo não podem valer só para um lado.

Após a partida, encontrei o árbitro e desabafei. Usei palavras fortes porque estava muito exaltado, mas, em nenhum momento, ameacei sua integridade física. O que externei foi a indignação de que nós, profissionais do Futebol, somos cobrados interna e externamente a cada partida. Somos ‘julgados’ por nossas atitudes a cada jogo, duas vezes por semana. Enquanto isso, os árbitros acumulam erros capitais e continuam apitando como se nada tivesse acontecido. O que externei, no calor da emoção, foi a vontade de que o árbitro pudesse sentir a mesma cobrança que nós sentimos nas ruas.

Peço desculpas por, diante do meu desabafo, gerar interpretações de incentivo à violência. Tenho uma carreira longa como profissional do Futebol que demonstra meu caráter. Mas não retiro uma vírgula sobre as críticas à arbitragem brasileira. Espero que o Wilson Seneme tenha sabedoria para conduzir as mudanças que a arbitragem brasileira precisa.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias