Em geral, ao se submeter a uma intervenção cirúrgica, da mais simples à mais complexa, o paciente precisa ter a sensação de dor bloqueada. Do contrário, o médico não consegue concluir o procedimento. Isso é feito por meio da anestesia ou da sedação. Ambas as técnicas são eficientes e confiáveis, de modo que a utilização adequada de cada uma depende muito mais do procedimento a ser realizado.
A anestesiologista Isabela Dantas fala um pouco sobre esse procedimento: “Em resumo, as diferenças entre anestesia e sedação envolvem as medicações utilizadas e o nível de consciência do paciente”.
A profissional comenta especificamente sobre cada processo, como a anestesia local, geral, os modos de sedação, entre outros. Veja abaixo:
Anestesia local
“A anestesia local tem o objetivo de impedir que o paciente sinta dor durante um procedimento realizado em um ponto específico. Na prática, trata-se de bloquear as vias nervosas. É bastante comum em extrações de dente, verruga ou pinta, por exemplo.”
Anestesia geral
“É o tipo de anestesia indicado para cirurgias longas e complexas. A ideia é fazer o paciente entrar em coma induzida, com perda de consciência. Durante a operação, o paciente deve ser acompanhado por um anestesiologista, médico responsável por aplicar a anestesia e monitorar as funções vitais do organismo.”
Anestesia regional
“Quando o objetivo é bloquear a dor em uma parte do corpo, os médicos podem optar pela anestesia peridural ou raquidiana. A peridural é mais usada em partos, tanto normal como cesariano, tornando a parte inferior do corpo insensível à dor. A raquidiana, por sua vez, é mais potente. Com a raqui, o paciente perde os movimentos e a sensação de toque, como se o corpo entrasse em paralisia.”
Sedação leve
“Com a sedação, o paciente mantém a consciência, mas entra em um estado mais relaxado. A pessoa consegue se comunicar com o médico. A sedação leve é mais utilizada em procedimentos oftalmológicos e odontológicos.”
Sedação moderada
“A sedação moderada é comum em exames como endoscopia e colonoscopia. Com uma medicação mais forte, o nível de consciência do paciente fica comprometido, despertando com estímulos verbais e leves toques no corpo. Durante a sedação, o médico precisa fazer o acompanhamento dos sinais vitais.”
Sedação profunda
“A sedação profunda é um recurso utilizado em cirurgias de pequeno porte e biópsias. Neste caso, além de suporte de um anestesiologista, o paciente precisa ficar em jejum. O indivíduo entra em um estado de mínima consciência e só reage com estímulos mais contundentes.”