Doze membros da ONU deixaram o Iêmen após serem detidos pelos huthis

Doze membros do pessoal internacional da Organização das Nações Unidas que estavam retidos pelos rebeldes huthis no Iêmen saíram por vias aéreas da capital Sanaa controlada pelos rebeldes nesta quarta-feira (22), indicou a ONU em um comunicado.

Os outros três membros do pessoal internacional da ONU no Iêmen, dentre os 15 que foram detidos em seu complexo em Sanaa, recuperaram sua liberdade de ir e vir, segundo a mesma fonte.

Segundo a ONU, 3 membros do pessoal seguem “arbitrariamente detidos” pelos huthis, rebeldes armados pró-iranianos que tomaram boa parte do Iêmen, país pobre da Península Arábica afetado por uma guerra há dez anos.

“Hoje cedo, 12 membros do pessoal internacional que estavam entre os que foram previamente retidos no complexo da ONU no Iêmen saíram de Sanaa em um voo humanitário das Nações Unidas”, destacou um comunicado difundido pelo porta-voz do secretário-geral da organização, António Gutteres. Seu destino não foi revelado.

Os rebeldes huthis detiveram em Sanaa 20 funcionários das Nações Unidas, entre eles o britânico Peter Hawkins, representante da Unicef no Iêmen.

Os insurgentes, que controlam a capital iemenita e amplas zonas do território, já haviam lançado um ataque contra o pessoal da ONU no dia anterior.

Os rebeldes já haviam invadido os escritórios da ONU na capital em 31 de agosto, quando detiveram uma dezena de funcionários, segundo a organização.

De acordo com um alto funcionário huthi, os funcionários são suspeitos de espionagem a favor dos Estados Unidos e de Israel.

Após dez anos de guerra civil, o Iêmen enfrenta uma das piores crises humanitárias do mundo, segundo a ONU.

bur-sar/hme/pb/rnr/sag/gv/eg/mb/jmo/aa