A bolsa de Nova York fechou em alta, nesta quarta-feira (13), com seu principal índice, Dow Jones, batendo um recorde, após a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central americano) de manter inalteradas suas taxas de juros, e o anúncio de possíveis cortes no próximo ano.

O índice Dow Jones fechou em alta de 1,40% e terminou pela primeira vez na história acima dos 37.000 pontos, a 37.090,24. O índice tecnológico Nasdaq subiu 1,29%, a 14.720,66 pontos, e o S&P 500 avançou 1,37%, a 4.707,09.

Os juros dos bônus do Tesouro caíram ao nível mínimo desde o começo de agosto para os papéis a dez anos (4,01% às 18h de Brasília), contra 4,20% na terça-feira.

Conforme o esperado, o Fed manteve inalteradas suas taxas básicas de juros na faixa 5,25%-5,50%.

Mas o organismo anunciou que espera realizar vários cortes, baixando os juros a 4,6% em 2024, em função de um desaquecimento da atividade econômica, segundo um comunicado publicado ao final da reunião de seu Comitê de Política Monetária.

“Os recentes indicadores sugerem que o crescimento da atividade econômico moderou-se” desde o terceiro trimestre, destacou o Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC), após sua reunião iniciada na terça-feira.

O comunicado indica que a inflação recuou no último ano, mas admite que “continua elevada” e, embora o considere “pouco provável”, o presidente da Fed, Jerome Powell, afirmou que a possibilidade de algum aumento dos juros não está “excluída”.

Neste contexto, o Fed revisou para cima sua previsão de crescimento para 2023 a 2,6% e reduziu a de 2024 para 1,4%.

– Data-chave –

Para Chris Low, economista-chefe da FHN Financial, “o primeiro corte dos juros poderia ocorrer em junho” de 2024.

Powell afirmou que o calendário de uma eventual redução dos juros foi “tema de discussão” durante a reunião.

Os investidores – que durante a manhã receberam a notícia de que os preços no atacado permaneceram estáveis em novembro – se entusiasmaram com essa afirmação do número um do Fed.

Entre os valores do dia, a Pfizer fechou em baixa de 6,75%, a 26,65 dólares, após prever uma queda de suas vendas em 2024 devido à demanda baixa por vacinas e medicamentos contra a covid-19.

A Tesla, que perdeu fôlego na primeira parte do dia, depois do anúncio de um ‘recall’ de mais de dois milhões de seus veículos por riscos associados ao seu sistema “autopilot” de condução assistida, encerrou o dia em alta de 0,96%, influenciada pela euforia após os anúncios do banco central.

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