Após se destacar em produções de grande alcance como Malhação (2011), Salve Jorge (2012), A Terra Prometida (2016), Reis (2024) e a série DNA do Crime (2023), da Netflix, Douglas Sampaio volta aos holofotes em novas funções: as de Diretor e gestor artístico.
À frente da Aquarella Cine, produtora fundada há pouco mais de três anos, ele consagra mais uma etapa da sua trajetória com o filme 40 Graus, uma produção independente ambientada no Rio de Janeiro e marcada pela estética urbana das praias da Barra da Tijuca e Recreio dos Bandeirantes.
A trajetória por trás das câmeras foi se construindo em paralelo à carreira como ator. Desde cedo, Douglas demonstrou curiosidade pelos bastidores e cultivou um olhar atento à fotografia, continuidade e linguagem visual das produções em que participou. Com o tempo, esse interesse se transformou em prática, e hoje, sua produtora “Aquarella Cine” atua tanto na criação de conteúdos quanto no desenvolvimento de talentos — já são dezenas de atores sob sua gestão.
No longa 40 Graus, Douglas dirige a história de Gugu, um jovem da periferia carioca que sonha em ser surfista, enquanto trabalha em uma barraca de praia. A trama se desenrola no calor intenso da cidade do Rio de Janeiro, que interfere diretamente no comportamento dos personagens e no visual do filme.
Viabilizar o projeto foi um exercício de criatividade com orçamento reduzido. Com uma narrativa rápida, a produção remete ao dinamismo das histórias em GIBI. Apostando na linguagem rápida, trazendo informações a todo momento no desenrolar da trama.
A atuação de Douglas como diretor também se estende ao papel de gestor artístico. Para ele, é essencial pensar a carreira dos atores de forma estratégica.
Sua experiência em frente às câmeras contribui diretamente para a forma como conduz o elenco. Ter estado no lugar dos atores permite que ele direcione com empatia e sensibilidade. Mais do que extrair boas interpretações, seu foco é criar um ambiente onde os artistas se sintam seguros para arriscar.